Israel fez ataques aéreos, na manhã desta sexta-feira (14/5), contra um túnel utilizado pelo grupo Hamas, na Faixa de Gaza. Segundo tenente-coronel Jonathan Conricus, porta-voz militar israelense, essa foi a maior operação contra um alvo específico desde o início do conflito, que já deixou 127 pessoas mortas.
A ação usou 160 aeronaves, além de unidades de artilharia e blindadas, durante 40 minutos, e matou uma mulher e três filhos dela, de acordo com autoridades palestina do norte de Gaza.
“O que almejamos é um elaborado sistema de túneis que se estendem por baixo de Gaza, principalmente no norte. É uma rede que os agentes do Hamas usam para se mover, a fim de se esconder, para se proteger”, afirmou Conricus.
Conflito
Nos últimos dias, centenas de pessoas ficaram feridas e dezenas morreram, após palestinos e policiais israelenses entrarem em confronto devido a manifestações contra o despejo de famílias da capital – Nahalat Shimon.
O conflito se iniciou nas vésperas do Dia de Jerusalém. A parte oriental da capital está no centro da disputa. Israel defende que toda a cidade pertence ao país. Já os palestinos reivindicam a região como futura capital de um Estado independente.
“Nós assinamos um acordo com Israel em 1993. Já faz 28 anos que estamos esperando que Israel cumpra esse acordo”, afirma o embaixador palestino.
O pacto citado pelo diplomata é o Acordo de Oslo, que foi assinado entre o então primeiro-ministro de Israel, Yitzhak Rabin, o líder palestino Yasser Arafat e o então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, no pátio da Casa Branca.
História
Israel e Palestina acordaram que a maioria dos territórios ocupados durante a Guerra dos Seis Dias a oeste do Rio Jordão seria devolvida aos palestinos.
“Israel ocupou a parte palestina e tratou de unificar os dois lados. A nossa capital é um território ocupado. Israel está dando as costas a tudo o que disse”, assinalou o embaixador.
“Nós consideramos que isso é uma agressão israelense premeditada contra a Palestina, que começou em Jerusalém, contra todo o povo palestino. Eles dizem que querem a paz, mas querem a paz do cemitério. A solução é clara: Israel tem de cumprir o direito internacional; são dois Estados para dois povos”, prosseguiu.