Planalto insiste em atrair MDB para ampliar base no Congresso

Fonte: Portal Poder 360

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Presidente Jair Bolsonaro com o novo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, durante a Cerimônia de assinatura do Decreto que institui o Sistema de Integridade Pública do Poder Executivo FederalSérgio Lima/Poder360 27.07.2021

O governo ainda tenta uma aproximação com o MDB. Dentro do Palácio do Planalto ainda há conversas para que o partido ocupe um ministério. As informações são do jornal O Globo. O presidente da sigla, deputado Baleia Rossi (SP), já avisou que o congressista que aceitar um convite do governo terá que se desfiliar.

Essa aproximação será a principal missão do novo ministro da Casa Civil, o senador Ciro Nogueira (PP-PI). Ela acontece no mesmo momento em que o presidente passa por fortes ataques vindos da CPI da pandemia, inclusive de Renan Calheiros (MDB-AL), relator da comissão.

Nogueira já externou a aliados que é pessimista quanto à possibilidade de atração de nomes do partido críticos ao governo. Entretanto, pesa o fato de o MDB ter composto a base de apoio de todos as gestões desde a redemocratização, exceto a atual.

Segundo o jornal, Ciro Nogueira já buscou falar com Renan Calheiros para que, na impossibilidade de trazer o relator da CPI para uma boa relação com o governo, que ele, pelo menos, mantenha um tom menos agressivo em relação ao Planalto.

Outro emedebista sondado por Nogueira foi Eduardo Braga (AM), que também é integrante da CPI e ensaia uma aproximação com o Planalto. Braga já sinalizou que a ida de Nogueira para o governo foi acertada.

Além de focar no desgaste provocado pela CPI, Nogueira terá de buscar também diminuir a rejeição do advogado-geral da União, André Mendonça, indicado por Bolsonaro para a vaga de ministro no STF (Supremo Tribunal Federal). Um dos maiores opositores ao nome dele é Renan Calheiros.

O MDB é o maior partido do Senado, com 15 integrantes. Desses, 4 têm apoiado o governo, 4 são oposicionistas e 7 adotam posição neutra.

Outro plano do Planalto, segundo o Globo, envolve nomear o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), para a Secretaria de Governo (responsável pela articulação política) e passar a atual ocupante do cargo, Flávia Arruda (PL-DF), para o Ministério do Meio Ambiente.

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