Natal deve estar 100% saneada até o final de 2020, diz Caern

Levantamento divulgado nesta semana pelo Instituto Trata Brasil aponta capital na 84ª posição entre as 100 maiores cidades do país. Para presidente, números estão desatualizados.

Por G1 RN

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Roberto Linhares, diretor presidente da Caern — Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi
Roberto Linhares, diretor presidente da Caern — Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi

Natal caiu cinco posições e ficou na 84ª posição, quando o quesito é saneamento básico, entre as 100 maiores cidades do país. Mossoró, na região Oeste, caiu 11 posições em relação ao ano anterior, mas ainda ficou à frente da capital, como 79ª colocada. O ranking é do levantamento do Instituto Trata Brasil, com base nos dados de 2017, com base nos dados disponibilizados no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). O estudo foi divulgado nesta semana.

Porém, para o diretor-presidente da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), Roberto Linhares, os dados estão desatualizados, e dois anos depois, as duas cidades potiguares estão em situação bem melhor e a capital deve estar 100% saneada até o fim do próximo ano. O levantamento considera as ligações de água e o esgotamento sanitário, ou seja, a coleta e tratamento do esgoto.

“A intensidade das obras em Natal foi maior exatamente após esse período (2017). Em Mossoró, já houve milhares de ligações entregues depois de 2017. O SNIS, que é o sistema nacional, traz esses dados de forma bem desatualizada”, justifica o diretor, em entrevista concedida ao Bom Dia RN, da Inter TV Cabugi.

Ainda de acordo com Linhares, Natal conta atualmente 50% de esgotamento. Quando o assunto é a distribuição de água, a capital conta com 98% de cobertura. “Já consideramos universalizado”, pontua. Mossoró, segundo ele, já conta com 80% do esgotamento pronto.

“Se a gente considerar que Natal já tem 80% de redes instaladas, depois do funcionamento das estações de tratamento, também teremos a universalização do esgotamento”, acrescenta.

Conforme o presidente, existe meta para que a capital esteja 100% saneada: o fim do próximo ano. Para que o esgotamento seja considerado universalizado, ele aposta na instalação de conclusão das estações de tratamento da Zona Norte, até julho, e da Zona Sul da capital, no fim do ano. “Só na Zona Norte serão 70 mil novas ligações e já ultrapassaremos os 80% de cobertura”, argumenta.

Quando o assunto é o saneamento de todo o estado, a meta é um pouco mais elástica: 2033. O objetivo também é alcançar 100% da coleta de esgoto nos 167 municípios. No caso da distribuição de água

O saneamento básico é dividido em 4 vertentes, sendo o esgotamento sanitário e a distribuição de águas, que no estado são de responsabilidade da Caern, e a drenagem urbana e coleta de resíduos, que são administradas pelos municípios.

Os investimentos no setor são vultuosos: cerca de R$ 8,4 bilhões – receitas da União, da própria companhia e de municípios. Porém, o presidente considera essencial as parcerias com a iniciativa privada. Ele nega, porém, que haja interesse em privatizar a companhia.

“Nós temos uma companhia rentável, que, bem gerida, dá pra trazer o que o setor privado quer, que é o lucro, e a gente controla o serviço essencial. Estamos mexendo em coisas em que não se mexe há 40 anos, trazendo atividades que eram feitas só por empregados da Caern para empresas privadas. E os funcionários estão entendendo que é para manter a empresa pública, mas atualizando-a. O Estado do Rio Grande do Norte não tem dinheiro para colocar na companhia 2.300 empregados com folha líquida de R$ 9 milhões. A empresa tem que se manter, tem que ser eficiente e prestar um bom serviço”, argumenta.

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