Mike Tyson ex-lutador de boxe dos pesos-pesados sai da falência e passa fumar por mês 410 mil de maconha

Por Julice Gomes

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Mike Tyson, de 53 anos.
Mike Tyson, de 53 anos.

Multicampeão dos pesos-pesados e tido como um dos boxeadores mais letais de todos os tempos, o lendário Mike Tyson, de 53 anos, teve inúmeros problemas financeiros e judiciais ao longo de sua carreira como esportista. Mas ele foi visionário ao investir em um mercado novo que o ajudou, inclusive, a se reerguer após torrar a fortuna conquistada como pugilista. O sucesso atual das finanças de Iron Mike se deve, principalmente, à maconha.

O pugilista se valeu do fato que o consumo para fins recreativos é liberado no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, desde 2018, e investiu, através da “Tyson Holistic”, em produtos relacionados à maconha. A subsidiária mais conhecida desse conglomerado é o “Rancho Tyson” (“Tyson Ranch”). Hoje, somente três estados (Idaho, Nebraska e Dakota do Sul) proíbem qualquer tipo de uso. Em 15 estados americanos, o uso foi descriminalizado. Ao todo, são 11 estados onde a maconha é completamente legalizada, tanto para fins medicinais quanto recreativos.

Mike Tyson tem lucros mensais que, segundo a imprensa americana, no fim do ano passado, chegavam a gerar US$ 500 mil mensais (ou seja, quase R$ 3 milhões). Os dados atualizados de abril de 2020, citados pelo pugilista em seu podcast mostram que, mensalmente, ele vende hoje US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 5 milhões), o que mostra que é um mercado em expansão. Em seu programa na internet, ele falou ainda que usa, para consumo próprio, uma quantidade equivalente a US$ 82 mil (R$ 410 mil) por mês de sua própria produção.

Quando pugilista, Tyson viu tudo o que ganhou com premiações e patrocinadores – cerca de US$ 300 milhões (R$ 1,5 bilhão) se esvair. No início da década de 2000, deixou a prisão pela segunda vez. Ele ainda precisou lidar com uma depressão pela morte da própria filha, Exodus, que tinha quatro anos, em uma tragédia domiciliar, e ainda foi usuário de cocaína. Em 2003, chegou a entrar com um pedido de falência.

– Cannabis é um remédio. Nesse momento da inteligência mundial, nesse momento da vida, deveriam saber que cannabis não é uma droga. Independentemente da punição que nos dão, não podemos parar de usá-lo. Não vamos parar – falou Tyson em uma entrevista à revista canadense “Kind”.

Tyson ainda pretende expandir seus negócios relacionados à cannabis: quer abrir um resort com hotel, spas, pousadas. Tudo ligado à erva. Além disso, quer sediar festivais anuais sobre maconha nesse local (e tem como objetivo rivalizar com o famoso Coachella) e fundar a “Universidade Tyson”, com cursos agrícolas para ensinar os alunos a cultivar a planta.

– Pensei em quanto de bom eu poderia fazer ajudando pessoas com maconha – disse ele ao site Cannabis Tech Today.

Seu parceiro de negócios há quatro anos, Rob Hickman afirmou que a maconha fez muita diferença na vida de Tyson, que deixou de ser uma pessoa agressiva para ser alguém muito calmo.

– Mudou a vida dele. Ele é a pessoa perfeita agora – falou à revista “GQ”.

De acordo com a “Fox Sports” americana, o objetivo da “Tyson Holistic” é promover o debate sobre as propriedades curativas da cannabis e de uma das substâncias químicas encontradas nela, o canabidiol. Sua companhia produz, por exemplo, um gel que tem infusão de CBD e que conta com comprovação clínica de alívio de dores musculares e artrite.

Tyson tem também uma subsidiária chamada “CHILL”, que produz água alcalina com canabidiol. O pugilista também crê que o CBD pode ajudar no vício a opiáceos.

– Eu estive lutando contra isso por 20 anos, e meu corpo tem muito desgaste. Eu tive duas cirurgias e usei a marijuana para acalmar meus nervos, e levou a dor embora. Mas, antes disso, eles me colocavam nesses opiáceos, e os opiáceos me prejudicavam muito – disse.

Iron Mike contou também que ele não cultiva a maconha que utiliza nos produtos da “Tyson Holistic”. Apesar de ser o cabeça de um império, o pugilista conta com fornecedores e é responsável pelo controle de qualidade: ele insiste que as cepas sejam cultivadas em ambientes fechados, colhidas com base na maturidade, curadas por 30 dias para garantir flavonoides naturais, aparados à mão, livres de pesticidas e testados em laboratório. Assim, gera um selo que atesta essa qualidade.

Errata: diferentemente do que publicou inicialmente o GloboEsporte.com, Mike Tyson chegou a entrar com um pedido de falência em 2003. A entrada na indústria da maconha o ajudou a se reerguer após gastar a fortuna que conquistou como boxeador. A informação foi corrigida às 20h07. Pedimos desculpas.

Portal CBN

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