Brasil se impõe, vira sobre a Rússia e vai à semifinal no vôlei feminino

Fonte: Portal do G1

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Seleção mostra força após entradas de Macris e Rosamaria, supera início ruim e vai encarar a Coreia do Sul em busca de um lugar na decisão olímpica

Foi preciso bem mais que paciência. Depois daquele começo de jogo, quando nada parecia dar certo, duas mexidas fizeram mudar o rumo em quadra. Ao chamar Macris e Rosamaria, José Roberto Guimarães deu novo ritmo a um time em descompasso. Sob o comando da dupla, o Brasil garantiu seu lugar na semifinal das Olimpíadas de Tóquio na marra. Uma virada com gosto de confiança: 3 sets a 1, parciais 23/25, 25/21, 25/19 e 25/22. Na próxima sexta-feira, em horário ainda a ser definido, encara a Coreia do Sul por um lugar na decisão.

A seleção não teve um bom começo. Àquela altura, tinha problemas para cobrir e defender os ataques incansáveis de Fedorovtseva e Goncharova. Em um jogo tranquilo, Macris talvez nem entrasse em quadra. Fora dos dois últimos jogos por uma entorse no tornozelo direito, a levantadora começou na reserva. Ao lado de Rosamaria, entrou no segundo set para mudar o jogo. A dupla comandou a virada rumo às semifinais.

A Rússia joga sob o nome de ROC por conta da punição imposta devido ao escândalo de doping no esporte do país. Não pode usar nome, bandeira ou qualquer coisa que lembre sua nação – ainda que o vermelho do uniforme não deixe esconder.

1° set – Instável, Brasil cresce no fim, mas Rússia sai na frente

Quando a bola de Roberta saiu sem tempo para Carol junto à rede antes de cair no lado brasileiro, a Rússia já marcava 3/0 no placar. O time, então, se reuniu ao centro da quadra e se abraçou. A ansiedade por encarar um clássico logo nas quartas de final das Olimpíadas era evidente. Aos poucos, porém, o Brasil começou a se encontrar. Em um ataque de Fernanda Garay pelo meio, a diferença caiu para apenas um ponto, em 8/7.

A Rússia voltou a abrir, e o Brasil voltou a buscar. Quando o placar marcou 12/11, mesmo em vantagem, o técnico Sergio Busato parou o jogo. Funcionou. As russas dispararam mais uma vez e nem o pedido de tempo de Zé Roberto arrumou a casa. As rivais marcaram 15/11 enquanto o Brasil tentava se encontrar em quadra.

O técnico brasileiro, então, tentou a inversão e mandou Macris e Rosamaria para o jogo. Deu certo. O Brasil reagiu e, em um bloqueio de Carol, fez a diferença cair para apenas um ponto mais uma vez, em 20/19. Mas a seleção ainda sofria pelas mãos de Fedorovtseva e Goncharova. E foi justamente a veterana quem fechou o set em 25/23.

3° set – Seleção mantém ritmo e vira o placar

O Brasil manteve o mesmo nível de jogo na volta ao set. A cobertura, que tanto falhara no início, funcionava à perfeição. O bloqueio também passou a funcionar. Ainda que não pontuasse, já não permitia que Fedorovtseva e Goncharova atacassem com tanta facilidade. Em um ataque de Rosamaria, a seleção abriu 8/5.

Carol Gattaz, pelo meio, fez a seleção abrir 12/7 em seu melhor momento até ali. Voronkova, outro destaque das russas, tentou fazer as rivais reagirem. Mas, no bloqueio de Gattaz e Rosamaria, a seleção voltou a abrir 13/9. Mas não podia ser tão fácil. Um ace de Voronkova e um bloqueio de Koroleva fizeram as russas ficarem a um ponto do empate, em 15/14. Zé Roberto, então, parou o jogo. O Brasil retomou o ritmo e não permitiu mais qualquer reação. Na pancada de Rosamaria, o fim do set: 25/19.

4° set – Seleção vira a parcial e vai à semifinal

O início de jogo ficara de vez para trás. Àquela altura, todo o time jogava bem. Gabi, incansável na cobertura, e Carol Gattaz, em seu melhor jogo, davam suporte e ritmo à equipe. Do outro lado, porém, a Rússia quis reagir. Em uma sequência ruim do lado brasileiro, chegou à virada em 16/15. Fedorovtseva, em um ace, aumentou a vantagem. Zé Roberto, então, voltou a parar o jogo. O time reagiu. Voltou a ditar o ritmo para retomar a dianteira na reta final. Em 25/22, garantiu a vitória e a vaga na semifinal.

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