O clima não era exatamente de teste. O estádio Beira-Rio tinha boa parte de suas arquibancadas vazias, com apenas 16.521 torcedores presentes, e o adversário, extremamente frágil, ficou com um a menos ainda no primeiro tempo. Nesse cenário, a seleção brasileira fez o que dela se esperava em seu último amistoso preparatório para a Copa América, neste domingo (9), e derrotou Honduras por 7 a 0.
Com um público bem baixo para um jogo da equipe nacional, os favoritos se impuseram antes mesmo da expulsão de Quioto e rapidamente abriram dois gols de vantagem.
Aqueles que se dispuseram a pagar de R$ 80 a R$ 450 em valores integrais dos bilhetes para ver um time sem Neymar assistiram a um bom jogo coletivo –diante, repita-se, de um adversário fraco.
Mais uma vez, a seleção não conseguiu terminar o amistoso sem feridas. Depois de perder Neymar por toda a Copa América na vitória por 2 a 0 sobre o Qatar, na última quarta-feira (5), Tite viu Arthur sofrer uma forte pancada no joelho direito. Foi essa jogada que gerou a expulsão de Quioto e fez o ex-jogador do Grêmio ser substituído em Porto Alegre.
Àquela altura, o triunfo já estava bem encaminhado. Logo aos sete minutos, jogada muito bem trabalhada por Daniel Alves e Richarlison foi concluída em cabeceio de Gabriel Jesus –gol anulado e depois confirmado pelo árbitro de vídeo. Seis minutos depois, Thiago Silva desviou cobrança de escanteio de Philippe Coutinho, arrancando vibração efusiva de Tite.
O treinador não se comportava como se estivesse em um jogo amistoso fácil. Além de comemorar bastante os gols, o gaúcho reclamou muito com a arbitragem, especialmente quando os jogadores de Honduras cometeram faltas duras em sequência. Aquela cometida por Quito, aos 29 minutos, deixou a possibilidade de goleada ainda mais escancarada.
Allan substituiu o atleta lesionado e deu passe para Richarlison sofrer pênalti. Philippe Coutinho, que ainda acertaria duas bolas na trave ainda no primeiro tempo, fez a cobrança com precisão e levou o Brasil ao vestiário com vantagem de três gols.
Na etapa final, a goleada se estabeleceu em ritmo de treino. Tite fez várias substituições, colocando em campo Fernandinho, Militão, Roberto Firmino, Everton e Miranda. Os gols foram se enfileirando: Jesus marcou de novo, David Neres balançou a rede pela primeira vez pelo Brasil, e Firmino e Richarlison também fizeram os seus.
Se não serviu exatamente como teste, a seleção fez o que não tinha conseguido contra o Qatar, impondo-se sobre um adversário frágil. Ficou clara a ideia do treinador de pressionar a saída de bola do adversário, algo que deverá se repetir na Copa América, especialmente contra times inferiores.
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