Suspeito de matar jovem gay pisou no pescoço “até ouvir estalo”

Laudo cadavérico atesta que Jeferson Marques Ferreira foi queimado vivo por criminoso preso nessa quarta-feira (29/01/2020)

Por VICTOR FUZEIRA | Metrópoles

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Em depoimento prestado aos investigadores da 29ª Delegacia de Polícia (Riacho Fundo), o jovem de 19 anos acusado de assassinar Jeferson Marques Ferreira (foto em destaque), 28 anos, confessou ter cometido o crime após a vítima ter “flertado” com ele.

O assassinato ocorreu em dezembro do ano passado, mas o suspeito só foi preso nessa quarta-feira (29/01/2020). De acordo com a delegada Adriana Romana, o jovem “se enfureceu” quando o funcionário terceirizado da Caixa Econômica Federal demonstrou que queria se relacionar com ele.

“Ele afirma que, naquele momento, deu um mata-leão na vítima até ela desmaiar. Quando recobrou os sentidos, o autor voltou a agredi-lo. O suspeito nos disse que pisou no pescoço do Jeferson até escutar um estalo e pensou tê-lo matado naquela hora”, explicou.

Segundo os investigadores, com a vítima desmaiada, o acusado se dirigiu até um posto de gasolina e pegou um galão emprestado com um motorista de aplicativo, argumentando que iria abastecer o carro da namorada. No entanto, voltou para o local do crime para atear fogo em Jeferson.

Laudo cadavérico realizado pela perícia da Polícia Civil do DF (PCDF) atestou que Jeferson ainda não tinha morrido quando foi carbonizado pelo criminoso. “A vítima estava viva no momento do incêndio, pois havia fuligens nas vias áreas, indicando que estava respirando. Nós só não sabemos qual era o estado de consciência dela neste momento”, relatou a policial.

O assassino confesso fugiu levando um celular, um micro-ondas e uma televisão da casa do terceirizado. A partir das investigações, foi possível recuperar o telefone de Jeferson e monitorar os locais onde ele esteve antes de ser assassinado.

A polícia verificou que o atual proprietário do aparelho era ex-funcionário de uma venda de espetinhos localizada próximo a um shopping do Guará. De acordo com a 29ª DP, o suspeito chegou a anunciar os objetos roubados em um grupo de WhatsApp do condomínio onde reside.

Na delegacia, o homem confessou ter ido à residência da vítima, pois ela teria lhe oferecido R$ 200 e um relógio.

Fuga

Os aparelhos roubados foram colocados dentro do carro de um motorista de aplicativo, e o suspeito seguiu para o Gama. “Depois, pegou um táxi para a residência dele, em Valparaíso de Goiás”, acrescentou a policial. Segundo a PCDF, os itens roubados foram comprados por um vizinho do suspeito.

O preso vai responder por homicídio triplamente qualificado, em razão de motivo fútil, uso de fogo, sem chance de defesa do ofendido, seguido por furto qualificado (abuso de confiança).

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