O prefeito de Ceará-Mirim, Marconi Barretto (PHS), que foi cassado a unanimidade pelo TRE/RN e continua no mandato através de uma liminar junto ao TSE, iniciou a construção de uma base politica e eleitoral pensando numa possível eleição suplementar.
No início de 2017, Marconi repudiava qualquer parceria política com os vereadores, chegando a nominá-los de “fascistas, nazistas” num programa de rádio local. Em 2018 ele voltou atrás e conseguiu, com o apoio do vereador Luciano Morais (PR), então líder do governo, ter uma base legislativa para defender sua gestão a frente da prefeitura de Ceará-Mirim. De lá pra cá foram muitas idas e vindas.
Dos 15 edis que compõe a Câmara Municipal de Ceará-Mirim, apenas dois vereadores e uma vereadora nunca fizeram parte da base de apoio do prefeito cassado: Renata Martins (PTC), Jácio Praxedes (DEM) e Marcílio Júnior (PSB).
Atualmente Marconi está afinado com o presidente da Câmara Municipal de Ceará-Mirim, o mesmo que ele taxou de “moleque”, ”canalha”. Ronaldo Venâncio (PV) tem feito de tudo para ajudar o prefeito, o que lhe garantiu a permanência à frente da presidência da Casa Legislativa.
As investidas do proprietário do Globo F.C. tem diminuído a quantidade de aliados do ex-vereador Júlio César (PSD), que estão sendo convidados para assumirem cargos no governo municipal. O caso mais emblemático é o do vereador Carlos Ramalho (PSD), que é cunhado de Júlio e rompeu com o mesmo e está do lado do prefeito. Carlão, como é mais conhecido, indicou o secretário-adjunto de Serviços Urbanos. Por outro lado, o suplente de vereador e advogado, Marconi Barbosa (PSD), também está nos braços do prefeito. Para tanto foi nomeado para um cargo na secretaria municipal de Agricultura, Abastecimento, Pesca e Aquicultura.
Nessa mistura política e eleitoral, resta esperar para ver se as articulações feitas por Marconi Barretto (PHS), em Ceará-Mirim, vão lhe garantir força necessária para indicar um nome do seu grupo e vencer as eleições suplementares, caso realmente ocorram.