A estudante Karolina Oliveira Gomes, 16 anos, foi morta com 13 facadas em um canavial no município de Mamanguape (PB), na noite do dia 5 de agosto, de acordo com a Polícia Civil da Paraíba. O delegado Tiago Cavalcanti, chefe do Núcleo de Homicídios da PB, informou que o laudo apontou sete perfurações no pescoço, cinco no tórax e uma na região dorsal.
Com a conclusão do inquérito, a polícia indiciou o caminhoneiro Josué Cabral dos Santos, 34 anos, por homicídio duplamente qualificado. O delegado explicou que o homicídio foi considerado feminicídio e também teve a qualificadora do crime ter sido executado por meio cruel. “As circunstâncias em que a adolescente foi executada e toda a ação criminosa denota ter havido menosprezo à condição de mulher da vítima”, esclareceu Cavalcanti.
Sobre o possível crime de estupro, a Polícia Civil aguarda o o laudo do laboratório de DNA. “Como o crime foi cometido em um local deserto, sem testemunhas, nós só podemos atestar se houve estupro com o laudo da perícia técnica”, afirmou Cavalcanti. O delegado explicou que se for comprovada a violência sexual, é possível a polícia fazer o indiciamento complementar posteriormente.
Na entrega do inquérito, o delegado também afirma que foi pedida a conversão da prisão temporária do suspeito em preventiva para que ele fique preso até a conclusão do caso.
O homem apontado como suspeito de matar a adolescente, Josué Cabral dos Santos, 34 anos, está preso desde o dia 31 de agosto. Ele é pernambucano e afirmou ser o motorista do caminhão baú, visto através de imagens de câmeras de vigilância conversando com a estudante no dia em que ela desapareceu em Goianinha.
O caminhoneiro passou por audiência de custódia no dia 2 de setembro em Mamanguape e foi decretada a prisão temporária dele por 30 dias. Josué está preso na cadeia pública da cidade.
Noite do dia 5 de agosto de 2019. Foi a última vez que a família de Karolina Oliveira Gomes, 16 anos, viu a adolescente com vida. A estudante saiu de casa na cidade de Goianinha, Região Metropolitana de Natal, para imprimir um trabalho da escola em uma lan house e desapareceu.
O corpo da estudante foi encontrado no dia seguinte, despido, em um canavial no município de Mamanguape (PB), às margens da rodovia estadual que dá acesso à cidade de Capim.