Mulheres criam mercadinho solidário para ajudar moradores de bairro do RJ

Fonte: Portal Uol

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Ela se divide entre as tarefas em casa, os cuidados com o filho, o trabalho e a ajuda ao próximo. Quando a publicitária Letícia da Hora decidiu ampliar a atividade social que já realizava onde mora, na Parada São Jorge, em São Gonçalo, município do Rio de Janeiro, não imaginava que conseguiria atrair para a iniciativa onze mulheres e mais vários amigos. Assim nasceu o coletivo Mulheres da Parada.

“O projeto surgiu durante a pandemia, diante do desejo de ajudar famílias de baixa renda da nossa comunidade a passarem pelo isolamento com o máximo de dignidade e sem fome. Nos unimos para arrecadar alimentos e entregar cestas básicas, uma vez que eu já vinha fazendo esse trabalho individualmente há um tempo”, conta Letícia.

Formado por Ana Paula Barros, Luana Minalda, Rosane Fabrino, Maria Adriana Fabrino, Thaís Fabrino, Thais Nascimento, Tatiane Silva, Geisa Natane Gomes, Lucimar Cardoso, Heloisa de Oliveira, Suelen Afonso e Letícia da Hora, a iniciativa tem como carro-chefe o mercadinho solidário, com produtos gratuitos para o bairro.

Letícia diz que a ideia é oferecer além do que é dado na cesta básica. “Percebemos que ela é insuficiente, as famílias precisavam de outros alimentos para complementar as refeições. No mercadinho quem é atendido tem a possibilidade de escolher os produtos que deseja de acordo com a necessidade e o número de pessoas que vive na casa.”

O mercado tem produtos doados por amigos e colaboradores. “Não recebemos ajuda de candidatos a prefeito ou vereador, não estamos ligadas a nenhuma entidade nem recebemos auxílio do governo para essa iniciativa”, diz a publicitária.

Além do mercadinho, o grupo tem arrecadado máscaras para a população se proteger quando precisa sair de casa. “A marca Nkenge nos doou por volta de 150 máscaras”, conta Letícia.

Quem vê esse grupo engajado em ajudar talvez nem imagine que as oito integrantes estão desempregadas.

“Está difícil para todo mundo, mas realizamos essas ações por empatia, por acompanhar de perto as dificuldades das pessoas que aparecem apenas como números na TV – isso quando aparecem. E também por perceber que, mesmo com pouco, podemos fazer algo para dar suporte ao próximo, que no caso é muito próximo mesmo. É o nosso vizinho. Muitas mulheres, como eu, pensavam que não poderiam fazer nada por ninguém, dadas as condições financeiras que nos encontramos no momento. É a prova de que onde há vontade, há meios” – Letícia da Hora, fundadora do Mulheres da Parada.

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