O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro depõe logo mais na tarde deste sábado (2.mai.2020) no inquérito que apura as acusações de que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente nas investigações da PF (Polícia Federal). O esclarecimento será dado na sede do órgão na capital paranaense.
O depoimento será conduzido pelo delegado Igor Romário de Paula, da Dicor (Diretoria de Investigação e Combate à Corrupção). Romário era chefe da força-tarefa da operação Lava Jato em Curitiba.
Igor Romário foi quem cumpriu, por exemplo, por ordem de Moro, na época em que ele era juiz, a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no mandado de busca e apreensão na 24ª fase da operação, que recolheu material na residência do ex-presidente.
O delegado está na PF desde 2003 e é formado em Direito pela UFPR (Universidade Federal do Paraná). Desde a deflagração da Lava Jato em 2014 ele coordena a força-tarefa da operação na capital paranaense.
Há apoiadores tanto do presidente da República quanto do ex-juiz neste momento aguardando a chegada do ex-ministro para a oitiva. Policiais tiveram de separar grupos depois de 1 princípio de confusão.
Moro disse em entrevista à revista Veja que irá apresentar provas contundentes da tentativa de influência na PF por parte de Bolsonaro para fins pessoais.
Por meio de seu perfil no Twitter, o presidente da República disse que não admitirá que algo contra a Constituição seja feito contra ele, e que também não fará nada contra a Carta Magna. Ele também compartilhou 1 vídeo que supões que Adélio Bispo, autor do atentado à faca que sofreu na campanha eleitoral de 2018, não teria agido sozinho.