Marinha encontra ‘tambor de óleo’ fechado boiando na costa do Rio Grande do Norte

Material que estava dentro do barril foi enviado para análise. Marinha diz que ainda não há como precisar se o episódio tem relação com os tambores encontrados em Sergipe e também com as manchas no litoral nordestino.

Por Rafael Barbosa, G1 RN

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Barril fechado e com líquido dentro foi encontrado pela Marinha no litoral potiguar — Foto: Divulgação/Marinha do Brasil
Barril fechado e com líquido dentro foi encontrado pela Marinha no litoral potiguar — Foto: Divulgação/Marinha do Brasil

A Marinha do Brasil encontrou nesta quarta-feira (16), na costa do Rio Grande do Norte, um tambor com 200 litros de óleo, fechado. O recipiente estava boiando no mar, a 7,4 quilômetros praia de Tabatinga, no litoral Sul.

Segundo informou a Marinha em nota, não havia vazamento no tambor. O tonel foi encontrado durante uma inspeção de rotina realizada pelos militares para o monitoramento das manchas de óleo que começaram a aparecer no litoral do Nordeste desde o início de setembro.

Uma amostra do líquido que está dentro do barril foi coletada e enviada para o Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM). De acordo com a Marinha, a investigação está em andamento e ainda não há como precisar se o episódio tem relação com os tambores encontrados em Sergipe e também com as manchas no litoral nordestino.

As manchas de petróleo em praias do Nordeste já atingiram 178 localidades em 71 municípios de 9 estados desde o início de setembro. Os estados atingidos são Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

A substância é a mesma em todos os locais: petróleo cru. O fenômeno tem afetado a vida de animais marinhos e causado impactos nas cidades litorâneas. A origem do material poluente está sob investigação.

Manchas de óleo em praias do Rio Grande do Norte começaram a aparecer em setembro — Foto: Reprodução
Manchas de óleo em praias do Rio Grande do Norte começaram a aparecer em setembro — Foto: Reprodução

Inicialmente o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) divulgou que as primeiras manchas apareceram em 2 de setembro nas cidades de Ipojuca e Olinda, em Pernambuco. No entanto, em atualizações mais recentes, o instituto concluiu que as os primeiros registros surgiram ainda em 30 de agosto na Paraíba, nas praias de Tambaba e Gramame, no município de Conde, e na Praia Bela, em Pitimbu.

As investigações sobre a origem do material são conduzidas pela Marinha em coordenação com o Ibama, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Polícia Federal, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) e a Força Aérea Brasileira. Participam ainda os governos de alguns estados e municípios afetados.

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