Intervalo de 90 dias para segunda dose da Pfizer não deve ser alterado

Fonte: Portal Congresso em Foco

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A possibilidade de adiantar a segunda dose da Pfizer deve permanecer descartada até que 100% da população vacinável, isto é, acima dos 18 anos, tenha recebido pelo menos uma dose de algum dos imunizantes contra a covid-19. De acordo com o secretário-executivo do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Junqueira, alterar a data de aplicação não pode ser uma determinação do Ministério da Saúde e a posição de não se fazer isto, neste momento, já foi levada para o comando da pasta.

“O Ministério da Saúde não determina essa mudança e quem executa são os municípios. Temos uma câmara técnica de especialistas composta por Conass e o Conasems que emitiu um parecer [contrário]. E tem uma câmara tripartite, com mais o Ministério da Saúde”, disse explicando que o parecer técnico foi apresentado a esta câmara tripartite. “O governo pode propor a mudança, mas ela só acontece quando há uma pactuação”, completou ressaltando que esta pactuação não ocorreu. O Conass representa as secretarias estaduais de saúde.

Junqueira reforçou, ainda, que as previsões são de que a cobertura vacinal com pelo menos uma dose do imunizante chegue a 100% da população brasileira acima de 18 anos em setembro.

Ainda de acordo com Mauro Junqueira, a antecipação da Pfizer poderia gerar uma confusão na sociedade e atrapalhar o andamento da campanha de imunização na medida em que o país tem várias vacinas em sendo aplicadas com datas de retorno diferentes. “Não tem justificativa mudar agora. O embasamento técnico é muito frágil para tomar uma decisão dessas assim”, disse, alegando que a mudança da bula ocorreu recentemente.

Outro aspecto que o secretário ressaltou foi a eventual indisponibilidade de doses suficientes para toda a população. “E tem mais, em setembro, quando tiver os 100% precisa saber se vai ter vacina para poder adiantar a segunda dose de todos e reduzir o tempo. Porque depois a pessoa chega para se vacinar e não tem vacina. Então é preciso analisar.”

O intervalo entre a primeira a segunda dose da Pfizer é de 90 dias e na segunda (26) o Ministério da Saúde informou que a pasta avaliava reduzir esse intervalo para 21 dias. A mudança seria uma estratégia para tentar barrar a circulação da variante delta.

Também esta semana, ao menos dez capitais brasileiras anunciaram a paralização da aplicação da primeira dose de alguma das vacinas contra a covid-19 por falta de imunizantes.

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