Garoto de 12 anos diz ter matado menina após festa em escola de SP

Jovem apresentou versões contraditórias para a polícia. Criança foi achada morta horas depois de ser vista andando de mãos dadas com o menino

Do R7, com informações da Agência Record

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Garoto foi levado para delegacia pelos pais Reprodução/RecordTV
Garoto foi levado para delegacia pelos pais Reprodução/RecordTV

A polícia apreendeu um garoto de 12 anos suspeito de ter matado Raíssa Eloá Caparelli Dadona, de 9 anos, no Parque Anhanguera, na zona oeste de São Paulo, na tarde deste domingo (29).

A Polícia Civil informou que a mãe do jovem o levou até a delegacia após ele confessar que cometeu o crime. Quando chegou no Distrito Policial, o menino mudou sua versão.

Em depoimento, o suspeito disse que haveria uma terceira pessoa envolvida no crime. Um homem conhecido como “Baianinho”, que estaria andando de bicicleta no local.

A polícia ainda não estabeleceu uma linha cronológica de como o crime aconteceu, pois os depoimentos não são consistentes.

Segundo a Polícia Civil, a possível causa da morte é asfixia mecânica, entretanto, a confirmação só será possível após o laudo do Instituto Médico Legal, que ainda não ficou pronto. A hipótese de abuso sexual também não foi descartada pelas equipes.

O corpo da menina foi encontrado pendurado em uma árvore com sinais de violência no rosto e nas pernas. Ainda segundo a polícia, a menina também estava suja com as próprias fezes.

Em um vídeo das câmeras de segurança do parque, é possível ver o menino caminhando de mão dada com Raíssa. No depoimento, o jovem teria dito que estava apenas passeando com a vítima.

Criança foi gravada andando de mãos dadas com o garoto antes de sumir
Criança foi gravada andando de mãos dadas com o garoto antes de sumir
Reprodução

Segundo a família, Raíssa era autista e não falava com estranhos. A polícia não exclui a possibilidade de um terceiro envolvido, pois, durante uma crise, ela talvez tivesse mais força que um menino de 12 anos.

Nenhuma arma foi encontrada no local do crime, mas a investigações indicam que o objeto utilizado tenha sido um pedaço de madeira.

Garoto solitário

Além de não mostrar arrependimento e ser frio, segundo colegas de escola, o menino é solitário, não anda em grupo e não tem muitos amigos.

Além disso, ele costumava ameaçar apenas as meninas da escola, nunca os meninos. A mãe diz que não percebeu mudança no comportamento do filho.

No dia do crime, Raíssa estava em  uma festa dentro do Centro Educacional Unificado (CEU) no Parque Anhanguera, na Rua Pedro José de Lima, número 1020, quando desapareceu. Durante a festa, a menina estava na fila do pula-pula, quando a mãe foi buscar pipoca para o irmão.

Por volta das 14h, um jovem que caminhava dentro do Parque Anhanguera encontrou Raíssa. O corpo foi encontrado a cerca de 3.4 km de distância do CEU.

O adolescente comunicou às equipes de Vigilância do Parque Anhanguera que havia encontrado um corpo pendurado uma uma árvore na área restrita aos funcionários do parque. Ele passou pelo local para encurtar o caminho, quando avistou o cadáver. A Guarda Civil Metropolitana foi acionada pela Vigilância do parque.

A aproximadamente 500 metros do cadáver havia manchas de sangue, um par de chinelos, um saco plástico pequeno e transparente e uma capa de tecido sintético (TNT) grande e vermelha foram encontrados.

O caso foi registrado no 33° Distrito Policial e foi encaminhado ao Delegacia de Homicídios E Proteção à Pessoa (DHPP) para investigação.

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