Falta de políticas públicas fragiliza saúde mental de policiais no RN, afirma Itep

Segundo perita criminal, outros motivos para o declínio da saúde mental dos agentes de segurança do estado estarem fragilizadas são o crescimento da criminalidade e a sobrecarga no trabalho

Por Agora RN

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Policiais precisam passar por situações estressantes no dia a dia - Foto: José Aldenir / Agora RN
Policiais precisam passar por situações estressantes no dia a dia - Foto: José Aldenir / Agora RN

Falta de políticas públicas é um dos motivos que causam a fragilização da saúde mental de policiais no RN. A declaração foi dada pela perita criminal e psicóloga do Instituto Técnico Cientifico de Perícia (Itep), Raiza Souza em entrevista ao programa Patrulha Agora, na rádio Agora FM.

Segundo a perita criminal, além da falta de políticas públicas, outros motivos para o declínio da saúde mental dos agentes de segurança do estado estarem fragilizadas são o crescimento da criminalidade e a sobrecarga no trabalho.

De acordo com Raiza, não há números específicos da situação atual dos servidores. A perita esclarece que há um “elevado nível de criminalidade, que acabou sobrecarregando ainda mais as pessoas que estão na linha de frente ao combate com essa criminalidade”.

Na tentativa de combater o problema no meio dos agentes de segurança, o Itep criou o projeto “Perícia à Alcance de Todos”, visando à qualidade de vida de seus servidores.

Além disso, o Itep realizou um evento, iniciativa de Souza e sua parceira de trabalho Suzi Elaine, com o objetivo de discutir fatores de risco de suicídio nos agentes de segurança pública, fato que, segundo ela, vem crescendo cada vez mais no Rio Grande do Norte.

A iniciativa foi idealizada por Raiza inspirada em relatos dos próprios seguranças, sobre colegas que cometeram o ato. Compareceram representantes de algumas instituições, que apresentaram alguns projetos sociais, como o Pró-Vida, que trabalham diretamente com a saúde dos agentes de segurança pública.

Histórico

No início de setembro, dia 5, um policial identificado como Hermano Mangabeira manteve seu filho como refém, na cidade de Macaíba. O ato foi motivado pelo descumprimento, por parte dele, da medida protetiva que sua ex-esposa mantem desde o fim da relação.

O policial foi chamado para conversar com o delegado, após desobedecer a ordem judicial e então resolveu fazer seu filho refém. Além da polícia, familiares do militar foram para o local em busca de auxiliar as negociações. Após horas de negociação com policiais civis e militares, o homem liberou seu filho e se entregou.

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