“Falta de cemitérios públicos é um problema que precisa ser enfrentado”, diz Brandão

Segundo o diretor geral do Itep, não há local para enterrar os corpos das pessoas que não podem pagar.

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O Instituto Técnico-Cientifico de Perícia (Itep) já não mais tem enfrentado o acúmulo de cadáveres em seu pátio, como noticiado na imprensa em janeiro deste ano, e constatado durante uma inspeção realizada pela 19ª Promotoria de Justiça da Comarca de Natal. Entretanto, de acordo com o diretor-geral do órgão, Marcos Brandão, a falta de cemitérios  públicos para enterrar os corpos das pessoas que não podem pagar por um túmulo em um cemitério privado é um problema que precisa de solução urgente.

Durante entrevista nesta segunda-feira (8) ao programa RN Acontece, Marcos Brandão disse que recentemente esteve reunido com representantes do Ministério Público e da Prefeitura do Natal, na tentativa de resolver essa questão. “Constatamos que o problema é bem mais complicado, pois é necessário construir mais cemitérios. Infelizmente, não vai deixar de morrer pessoas, então, teremos que ter espaço para enterrar esses corpos”, argumentou.

O diretor-geral do Itep informou que uma média de 10 corpos chegam diariamente ao órgão para serem periciados e/ou identificados, vítimas de homicídios, acidentes de trânsito, suicídios e envenemamentos, todas consideradas mortes violentas. “A situação é calamitosa”, destacou. Marcos Brandão também afirmou que o Itep tem buscado parcerias com as prefeituras do interior do Estado.

Marcos Brandão ainda comentou sobre a parceria com a Defensoria Pública, firmada na última sexta-feira (5), para a liberação mais rápida de corpos sem identificação, evitando uma judicialização, como vinha ocorrendo. Os defensores públicos irão atuar de forma extrajudicial para que a liberação ocorra de forma mais rápida, como já ocorre, por exemplo, no Ceará.  A parceria deverá ainda facilitar a requisição, através de ofícios, de laudos de DNA para fins de identificação dos corpos a serem liberados.

Confira a entrevista:



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