Coronavírus: Governo do RN e fábricas fazem acordo para produzir e distribuir 7 milhões de máscaras

Itens deverão ser adquiridos a preço de custo pelo Estado e distribuídos à população. Cada oficina do Pró-Sertão deverá fabricar 8,4 mil peças por dia.

Por G1 RN

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Máscaras de pano podem ser alternativa para população, segundo recomendação do Ministério da Saúde — Foto: Redes Sociais/Reprodução
Máscaras de pano podem ser alternativa para população, segundo recomendação do Ministério da Saúde — Foto: Redes Sociais/Reprodução

O Governo do Rio Grande do Norte anunciou um acordo com fábricas de roupa no interior do estado para produzir 7 milhões de máscaras de panos que deverão ser distribuídas à população. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, a medida visa garantir a proteção da população contra o novo coronavírus, responsável pela Covid-19.

Em reunião realizada por meio de videoconferência na sexta-feira (3), o secretário Jaime Calado (Sedec) conversou com o diretor industrial da Guararapes, Jairo Amorim, com o diretor industrial da Hering, Marcelo Toledo, e representantes do setor produtivo do estado. Para dar conta do volume de produção, serão acionadas as 78 oficinas de costura que fazem parte do programa Pró-sertão.

Cada oficina, ainda de acordo com o Estado, poderá produzir 8.400 peças por dia. Diferente do modelo N95 de TNT, utilizadas por profissionais da saúde, as máscaras produzidas por elas serão feitas de malha, seguindo orientações do próprio Ministério da Saúde, e destinadas à população em geral. Segundo o governo, com isso, o Estado garante que as máscaras homologadas pela Anvisa (N95) , já em circulação, cheguem aos médicos e enfermeiros, expostos a uma carga viral bem maior, ao mesmo tempo em que se fornece uma opção viável para a população.

O importante é que a máscara cubra a região da boca e do nariz, sem deixar espaços nas laterais, e seja dupla, para impedir com eficiência a penetração do vírus”, disse o secretário Jaime Calado, que é médico sanitarista. Ele ainda lembrou que as máscaras de tecido podem ser higienizadas e reaproveitadas pelos usuários.

Produção

Para Jairo Amorim, representante da Guararapes, que é a empresa âncora do programa, o projeto é importante porque “une o útil ao agradável”. “Primeiro pela questão da utilização deste parque fabril no interior que está parado e que deixa tão vulnerável milhares de famílias que dependem dessa operação; segundo que o produto que ora se propõe a fazer é um produto que responde a uma ação humanitária”.

Ainda de acordo com o governo, serão adotadas medidas de segurança e limpeza dentro da oficina, bem como respeitadas as orientações de afastamento dos trabalhadores.

Distribuição

O diretor da Guararapes explicou que algumas oficinas já trabalham na produção de 200 mil peças em TNT para doação. Estas sim, seguem as normas da ABNT para utilização médica. Mas o empresário encontra dificuldades para encontrar o material de fabricação. “A gente tem que trabalhar com nossos recursos”, declarou, enfatizando a importância da produção das máscaras de tecido para as demais parcelas da sociedade.

Os empresários afirmaram que decidiram produzir os itens de malha a preço de custo. As máscaras serão adquiridas pelo Governo do Estado e disponibilizadas gratuitamente à população.

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