A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (Fecomércio RN) apresentou os resultados da pesquisa sobre o perfil do público e dos comerciantes que atuaram no Carnaval de Parnamirim 2019. Segundo informações da Prefeitura, foram investidos no Carnaval 2019 R$ 800 mil, com um público estimado de 40 mil pessoas por dia. Representando o presidente Marcelo Queiroz, o diretor Executivo da Fecomércio RN, Jaime Mariz, apresentou os números ao prefeito Rosano Taveira, secretários municipais, ao presidente da Câmara Municipal, Irani Guedes e vereadores além de empresários da cidade.
A exemplo do que já faz há cinco anos no Carnaval de Natal, o Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC) da realizou as pesquisas pela primeira vez em Parnamirim, no período entre 1º e 5 de março, quando foram ouvidos 522 foliões e 170 comerciantes.
A maioria dos foliões eram de homens (54,7%), com idades entre 16 e 34 anos (49%); com ensino médio (52%); renda de até R$ 3.500 (62,1%); e passaram o Carnaval com a família (65,6%). Com relação à origem, 42,9% eram nativos e 57,1% eram turistas. Entre os turistas, 89,9% eram do Rio Grande do Norte, sendo 32,1% de Natal, e 2,4% de Macaíba. Do que vieram de outros estados, 2,2% eram da Paraíba; 2% de Pernambuco; 1,4% de São Paulo; 1,3% do Rio de Janeiro; 1,1% de Minas Gerais e 0,7% do Ceará.
Entre os foliões que responderam à pesquisa, apenas 36,6% estava participando pela primeira vez; cada um brincou em média 4 dias; e 49,4% responderam que a programação oferecida pela Prefeitura influenciou muito a decisão de ir ao evento. A maioria ficou sabendo do Carnaval de Parnamirim por meio de amigos e familiares (35,5%); ou ainda por meio das redes sociais (15%). Muitos decidiram ir em carros particulares (51,6%); ou a pé (23,6%). Os que foram ônibus, transporte por aplicativo, carro alugado, táxi ou bicicleta, somaram 24,8%.
Perguntados sobre o que mais atraiu no Carnaval de Parnamirim 2019, as pessoas responderam que foram os atrativos naturais (32,7%); a programação do Carnaval (28,9%) e a indicação de parentes e amigos (27,4%). Quanto às atividades do frequentadas, a maior parte do público se dividiu entre os shows musicais (54,2%); e as praias (51,8%).
O gasto médio diário individual dos turistas foi de R$ 129,40 e dos nativos foi de R$ 52,65. O dinheiro gasto pelos turistas foi destinado principalmente à hospedagem (45,6%); e alimentação/bebidas (31,4%). Entre os nativos os principais gastos foram com alimentação/bebidas (61,2%); e diversão (15,6%).
Para avaliar a qualidade do evento, o IPDC pediu para os entrevistados atribuírem notas a alguns itens como a hospitalidade (8,62); os meios de hospedagem (8,44); a diversão da cidade (8,42); a limpeza urbana (8,54); a segurança (8,31). O item que teve a menor nota individual foi acesso e transporte (7,56). No geral, o evento ficou com nota média de 8,65, com 94% das pessoas afirmando que recomendariam a festa e 66,7% dizendo que pretendem voltar em outros anos.
Informais são maioria
A maioria dos comerciantes eram homens (63,5%); com idades entre 45 e 59 anos (36,5%), com ensino fundamental (46%) ou ensino médio (45%); e autônomos (57,6%). 70,6% informaram que seu negócio era informal; estavam atuando no ramo de bares/restaurantes (43,5%) e lanchonetes (18,8%); e estavam localizados em Pirangi, sendo 35,9% na Avenida e 22,4% na Praça; na orla (20%); e outros 16% na Cohabinal. 66,5% já atuaram no Carnaval em anos anteriores.
O investimento médio feito por cada comerciante foi de R$ 2.809,79, e cada negócio empregou em média 3 pessoas. Apesar disso, 68,2% disse não ter contratado funcionários extras. Muitos comerciantes sentiram um impacto positivo na economia de seus negócios (67,6%). A maioria teve vendas dentro do esperado (43,5%).
Os atrativos que os comerciantes usaram para os clientes foi o preço baixo (25,9%). Já os clientes ficaram mais satisfeitos com a possibilidade de pagar suas compras no cartão de crédito (43,5%). O maior investimento foi no estoque (85,3%), seguido pela variedade de produtos (48,8%). O faturamento médio de cada negócio foi de R$ 1.885,45.
“A Fecomércio, na pessoa do presidente Marcelo Queiroz, tem o interesse de fomentar o desenvolvimento dos municípios. Apresentamos aqui o perfil dos foliões e a Prefeitura pode pensar em mais ações para o próximo ano, atendendo à pesquisa. Além disso, o comerciante enxergou uma possibilidade de ganhar dinheiro, gerando negócios e renda”, comentou o diretor Executivo da Fecomércio RN, Jaime Mariz.
Prefeitura deve aderir ao DEL
Na mesma ocasião em que foi apresentada a pesquisa, técnicos do Senac RN detalharam o programa Desenvolvimento Econômico Local (DEL), parceria que possibilita profissionalizar destinos turísticos com base em metodologias alemãs.
O prefeito de Parnamirim, Rosano Taveira, confirmou os entendimentos para implantação do DEL no município, em parceria com a Câmara Municipal e CDL local. Parnamirim será o terceiro município potiguar a aderir ao programa do Senac RN (que já tem São Miguel do Gostoso e Tibau do Sul).