Candidata a prefeita na Colômbia e cinco assessores são assassinados

Karina García Sierra havia denunciado que homens armados tentaram impedir sua campanha eleitoral

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Carro da candidata à prefeitura de Suaréz, Colômbia, Karina García (esq.): ataques de granadas e incêndio - 02/09/2019 (Defensoria del Pueblo/Reprodução)
Carro da candidata à prefeitura de Suaréz, Colômbia, Karina García (esq.): ataques de granadas e incêndio - 02/09/2019 (Defensoria del Pueblo/Reprodução)

Candidata à prefeitura da cidade colombiana de Suárez, Karina García Sierra, e outras cinco pessoas foram encontrados mortas dentro de um carro horas depois de terem desaparecido. Sierra lançara-se na disputa das eleições de outubro pelo partido Liberal.

Segundo a polícia local, o veículo que levava García e os demais integrantes foi interceptado por aproximadamente oito homens armados, que fizeram disparos de fuzil e lançaram granadas. Depois, o incineraram com os ocupantes dentro.

Oscar Campo, governador do departamento de Cauca, no sudoeste da Colômbia,  disse à emissora de rádio Blu que a mãe da candidata também estava entre os mortos. Todos os corpos foram carbonizados.

Campo também explicou que havia sete pessoas no carro, mas que um segurança conseguiu se jogar em meio ao ataque e sobreviveu, com ferimentos. Uma outra vítima foi identificada como um candidato a vereador do mesmo município.

No dia 28 de agosto, García postou um vídeo em redes sociais no qual alertava que materiais de sua campanha estavam sendo vandalizados. Além disso, uma semana antes, um grupo que trabalhava em sua candidatura foi interceptado por quatro homens armados, que os proibiram de espalhar cartazes e folhetos no distrito de Betulia.

Apesar de a região de Cauca viver uma profunda crise de segurança devido à presença de dissidências das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e do Exército de Libertação Nacional (ELN), que disputam o controle do território e do tráfico de drogas, os homens que proibiram a propaganda eleitoral de García se identificaram apenas como um “grupo à margem da lei”.

Campo disse que irá se reunir com o ministro da Defesa, Guillermo Botero, para esclarecer o ocorrido e garantir que as eleições em Cauca ocorram sem episódios de violência.

(Com EFE)

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