Caminhoneiros organizam nova manifestação para 19 de maio em Brasília

Ato será no estádio Mané Garrincha Estão insatisfeitos com alta do diesel

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Caminhoneiros protestam em frente ao Palácio do Planalto, durante reunião do gabinete de crise da paralização dos caminhoneiros. Brasília, 27-05-2018. Foto: Sérgio Lima/Poder 360

Os caminhoneiros organizam uma nova manifestação contra o governo para 19 de maio em Brasília. A categoria está insatisfeita com a alta no preço do diesel anunciada pela Petrobras em 3 de maio. Na data, a estatal comunicou o reajuste de 2,5% no preço médio do combustível.

O objetivo dos caminhoneiros é realizar o ato em frente ao estádio nacional Mané Garrincha. Marconi França, caminhoneiro de Recife e 1 dos líderes da categoria, afirma que a ideia é que os profissionais fiquem na capital federal até o dia 23, quando haverá a última audiência pública sobre a tabela do frete que está sendo feita pela Esalq-Log, da USP.

A informação foi publicada neste sábado (11.mai.2019) pelo jornal Folha de S.Paulo.

“Embora já tivéssemos concordado com a data de 20 de julho, eu estou vendo que esse governo promete demais e pouco faz”, declarou Marconi à Folha. Na ocasião, a tabela de frete deve ser reajustada. O prazo citado também refere-se à implementação de medidas para aumentar a fiscalização sobre a prática da tabela.

“Se não for resolvido nada, já saímos de lá com data para uma nova paralisação geral das estradas”, disse Marconi.

Em 16 de abril, o governo anunciou uma série de medidas para agradar os caminhoneiros e evitar uma greve da categoria.

Eis o que foi divulgado pelo Palácio do Planalto:

  • linha de crédito do BNDES – o banco de fomento está desenhando uma linha de crédito destinada ao caminhoneiro autônomo. Segundo o governo, o profissional que tem até 2 caminhões em seu CPF poderá tomar crédito de até R$ 30 mil para compra de pneus e manutenção de veículos. R$ 500 milhões serão liberados inicialmente. Segundo Onyx, a concessão começará com Banco do Brasil e Caixa e depois será ampliada para outros bancos e cooperativas de crédito;
  • fomento a cooperativas – segundo o governo, o objetivo é trazer benefício de pessoas jurídicas para o caminhoneiro autônomo;
  • tabela do frete – medidas para garantir o cumprimento do preço mínimo ao transporte rodoviário;
  • investimento em estradas – R$ 2 bilhões serão destinados à conclusão de obras e manutenção das rodovias. Entre os pontos considerados estratégicos por caminhoneiros estão a BR-381 (MG), BR-116 (RS), BR-163 (PA) e a Ponte do Guaíba (RS);
  • postos de paradas – governo tornará obrigatória a construção de áreas de descanso em rodovias concedidas para que profissionais possam estacionar, tomar banho e descansar;
  • renovação de CNH – governo pretende ampliar de 5 para 10 anos prazo de renovação da carteira nacional de habilitação;
  • cartão caminhoneiro– já anunciado, permitirá que o caminhoneiro antecipe a compra de diesel a preço fixo. Com isso, conseguiria reduzir os riscos ligados às oscilações do preço do combustível;
  • saúde – programa para caminhoneiros receberem assistência médica do Sest/Senat, gratuitamente, em várias cidades que são eixos de passagem do transporte rodoviário.

Antes disso, em 26 de março, a diretoria da Petrobras havia aprovado mudanças na periodicidade de reajuste nos preços do diesel vendido para as refinarias. A estatal anunciou que os preços passariam a ser reajustados, no mínimo, a cada 15 dias.

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