Bolsonaro após soltura de Lula: “Canalha momentaneamente livre”

Sem citar o nome do petista, o presidente disse também por meio do Twitter: "Amantes da liberdade e do bem, somos a maioria"

Por Otávio Augusto | Metrópoles

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RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

Menos de 24h depois da soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) comentou a libertação do petista após mudança de entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre prisão de réus após condenação em 2ª instância.

Neste sábado (09/11/2019), Bolsonaro usou sua conta no Twitter para criticar a soltura de políticos. Sem cita Lula, o chefe do Palácio do Planalto subiu o tom das críticas e o atacou: “Canalha, que momentaneamente está livre”, escreveu.

Lula deixou a sede da Polícia Federal em Curitiba no fim da tarde desta sexta-feira (08/11/2019), após quase 600 dias de detenção. Ao sair da carceragem, o ex-presidente criticou a Justiça, a Lava Jato e o próprio Bolsonaro.

O atual mandatário da República reagiu. “Amantes da liberdade e do bem, somos a maioria. Não podemos cometer erros”, continua no post. “Sem um norte e um comando, mesmo a melhor tropa, se torna num (sic) bando que atira para todos os lados, inclusive nos amigos”, publicou.

Ele continuou. “Não dê munição ao canalha, que momentaneamente está livre, mas carregado de culpa”, afirmou. Em uma segunda publicação, o presidente escreveu: “Iniciamos a (sic) poucos meses a nova fase de recuperação do Brasil e não é um processo rápido, mas avançamos com fatos”. E repetiu: “Não dê munição ao canalha, que momentaneamente está livre, mas carregado de culpa”.

Nessa sexta-feira, após a soltura de Lula, Bolsonaro participava de um evento em Goiânia (GO). Questionado sobre a libertação de Lula, ele silenciou. “Eu sou responsável por aquilo que acontece no Poder Executivo, tá ok? Eu não vou entrar numa canoa furada”, resumiu.

Lula deixou a cadeia após decisão do juiz Danilo Pereira Júnior, titular da 12ª Vara Federal de Curitiba. Ele cumpria pena de oito anos e 10 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso que ficou conhecido como Triplex do Guarujá.

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