O discurso do chefe da NASA sucede o anúncio da agência espacial de condução de simulação de impacto de asteroide para identificar aspectos críticos da resposta a desastres em caso de cataclismo.
“Temos de usar os nossos sistemas, usar as nossas capacidades para obter finalmente muito mais dados, e devemos fazer isso mais rapidamente. Sabemos que os dinossauros não tinham um programa espacial. Mas nós temos, e precisamos usá-lo”, afirmou Bridenstine.
Bridenstine continuou dizendo que normalmente a ideia de um objeto interestelar gigante esmagando a Terra é recebida como um “fator de risco”, mas as pessoas não devem ter essa falsa sensação de segurança imposta de alguma forma pelos filmes de Hollywood.
“Devemos ter certeza de que as pessoas entendam que isso não é sobre Hollywood, não é sobre filmes. Trata-se, em última instância, de proteger o único planeta que conhecemos agora capaz de hospedar vida e que é o planeta Terra”, acrescentou.
O chefe da NASA relembrou o meteoro de 20 metros que explodiu sobre a cidade russa de Chelyabinsk em fevereiro de 2013, a 22.500 metros acima da superfície terrestre, que caiu com um enorme trovão, soprando janelas, danificando milhares de edifícios na área e ferindo cerca de 1.500 pessoas com vidro despedaçado em sua maioria.
“Esses eventos não são raros. Eles acontecem”, afirmou. Na semana passada, a NASA anunciou união com parceiros internacionais para realizar exercícios teóricos sobre como lidar com um asteroide hipotético que se move rumo ao planeta Terra.
“Esses exercícios têm realmente nos ajudado na comunidade de defesa planetária a compreender o que os nossos colegas do lado da gestão de catástrofes precisam saber. Esse exercício vai nos ajudar a desenvolver comunicações mais eficazes entre nós e os nossos governos”, afirmou Lindley Johnson, responsável pela Defesa Planetária da NASA.
Além disso, a NASA está se preparando para a sua primeira missão de redirecionamento de asteroides por naves espaciais, designada Teste de Redirecionamento Duplo de Asteroides (DART, na sigla em inglês), que está marcada para junho de 2021.