Covid: 1.142 cidades ficaram sem segunda dose de vacina nesta semana

Dados constam em levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), divulgado nesta sexta-feira (14/5)

Rebeca Borges - Metrópoles

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A falta de vacinas contra a Covid-19 para a segunda dose atingiu ao menos 1.142 municípios brasileiros nesta semana. Os dados constam em levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), divulgado nesta sexta-feira (14/5).

Entre os dias 10 e 13 de maio, foram ouvidos gestores de 3.051 municípios do país. O estudo identificou que 1.142 cidades ficaram sem o fármaco para a administração da segunda dose – número que representa 89,9% do total analisado na pesquisa.

A Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, foi a vacina que teve maior índice de escassez entre os municípios brasileiros: o imunizante representa 91,9% dos fármacos em falta nas cidades listadas.

O Instituto Butantan anunciou, nesta sexta-feira (14/5), a paralisação da produção da Coronavac por falta de insumos. Na segunda-feira (10/5), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que 10 mil litros dos ingredientes estão travados na China à espera de autorização para o envio ao Brasil. Doria afirmou que o entrave é causado pelos ataques do governo federal ao país asiático.

Até o momento, ao menos 15 estados do Brasil já suspenderam a aplicação da primeira ou segunda dose da Coronavac por falta de vacina. De acordo com o Butantan, até que a matéria-prima tenha autorização para ser exportada ao Brasil, a fábrica responsável pela produção da Coronavac deve assumir a fabricação da vacina da gripe.

imunizante de Oxford/AstraZeneca, produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), representa 7,4% das vacinas em falta para a segunda dose nos municípios brasileiros, de acordo com a pesquisa da CNM.

Grávidas e puérperas

Um número crescente na pesquisa do CNM é o de grávidas vacinadas contra a Covid-19. Nesta semana, 1.846 municípios informaram ter iniciado a imunização deste grupo. Na última semana, o dado era de 1.305.

“Vale destacar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a suspensão da AstraZeneca em gestantes para investigar a morte de uma jovem de 35 anos, após a primeira dose da vacina”, pontua a pesquisa.

A aplicação da vacina de Oxford/AstraZeneca encontra dificuldades em 957 municípios. Os gestores dessas regiões afirmaram haver resistência da população imunizantes, especialmente com o fármaco produzido pela Fiocruz.

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