Cerca 65% das vítimas fatais em acidentes de trânsito no RN ingeriram álcool, diz Itep

Pesquisa destaca dados de janeiro a maio deste ano e foi revelada nesta segunda-feira (29).

Por G1 RN

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Professora Gislâne Cruz morreu em maio após motorista embriagado atingir o carro em que ela estava — Foto: Klênyo Galvão/Inter TV Cabugi
Professora Gislâne Cruz morreu em maio após motorista embriagado atingir o carro em que ela estava — Foto: Klênyo Galvão/Inter TV Cabugi

Cerca de 65% das pessoas que morreram em acidentes de trânsito no Rio Grande do Norte entre janeiro e maio deste ano tinham presença de álcool no sangue. É o que aponta uma pesquisa realizada por peritos criminais do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) divulgada nesta segunda-feira (29).

Ao todo, 99 laudos de perícias toxicológicas passaram por análise laboratorial, que apontou que em 65,7% deles havia presença de álcool no sangue da vítima. Em 86,1% desse total, a concentração de dosagem alcoólica superava inclusive os 0,6 g/L, medida que, segundo a legislação, configura ilícito penal na condução de veículos.

O relatório também revela que em 89% dos casos estudados a vítima que havia ingerido álcool era homem. “A maioria das pessoas vitimadas no trânsito que tinham ingerido álcool eram de homens (89%), sendo 41% com idade entre 18 e 29 anos. Nos casos com vítimas maiores de 30 anos, em 66,7% a concentração alcoólica chegava ao teor 1,5g/L”, explicou a perita do Itep Anne Caroline Moura, que realizou a pesquisa ao lado de Fernanda Cagni e Karine Coradini.

Pesquisa foi realizada por peritos criminais do Itep — Foto: Júlio Rocha
Pesquisa foi realizada por peritos criminais do Itep — Foto: Júlio Rocha

Outro dado pontual na pesquisa retrata sobre os dias da semana. Segundo as análises feitas pelos peritos criminais do Itep, a maioria dos acidentes fatais – em que a vítima havia ingerido bebida alcoólica – aconteceu aos domingos e às segundas-feiras.

Segundo o Itep, a pesquisa de análise segue em andamento com novos casos e para que haja mais detalhamentos nos relatórios. “Estamos correlacionando os casos para apontar um relatório anual, para acrescer quais rodovias acontecem mais acidentes e em que casos eram os condutores dos veículos com ingestão de álcool”, explicou a perita Fernanda Cagni.

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