Em discurso proferido no Senado Federal nesta quarta-feira,08, a Senadora Zenaide Maia (PROS-RN) chamou a atenção para a falta de providência com a saúde básica.
A senadora defende mais investimentos na saúde básica e preventiva para que Brasil atinja o nível de medicina de primeiro mundo. “Os países que têm saúde de primeiro mundo são países que privilegiam a saúde preventiva e valorizam a saúde básica. Eu queria explicar o seguinte: um médico com um tensiômetro, um estetoscópio, um termômetro para ver a temperatura, e aparelho para medir a glicemia consegue dar mais de 95% de diagnóstico. E isso é feito na saúde básica”, ponderou a parlamentar, que também é médica.
Para Zenaide, o problema é a falta de profissionais da saúde. “O que acontece? Uma saúde básica que funciona, menos de 5% da sua população precisa de hospital. Sobram as urgências. E se você acrescentar um hemograma e um sumário de urina, é um grande diagnóstico. Por isso que nós devemos brigar pela saúde básica. De que adianta ter uma UPA em cada esquina, se você procura uma unidade e quando a pressão abaixa o médico diz: “Procure o seu médico no outro dia”. Como não há médico no posto de saúde, ele vai todo dia ao pronto-socorro”, exemplificou.
A parlamentar solicitou ao congresso um “olhar diferenciado” para a questão. “Temos que ter esse olhar diferenciado. As tecnologias de diagnóstico mais avançado são necessárias, mas se você não tiver uma saúde básica, não adianta. Muitas vezes, a mãe que está com a criança com tosse, termina numa pneumonia porque não há médico no posto. E se não fizerem uma diferença na tabela SUS, não vão conseguir médico para ir para o interior, até porque não é só uma questão familiar. O médico tem uma prioridade. Ele quer ficar num lugar onde se o estado do paciente se agravar, ele tenha para onde mandá-lo. Então, eu queria dizer aos colegas que a gente podia se unir e rever esta questão”, completou.
