Reportagem de Catia Seabra e Italo Nogueira na edição deste sábado (18) da Folha de S.Paulo informa que a Justiça e os promotores não se deixaram intimidar pelos achaques de Jair Bolsonaro (PSL) e ampliaram a devassa nas contas do filho, Flávio Bolsonaro (PSL/RJ) e de ex-funcionários de seu gebinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, quando foi deputado estadual.
O juiz Flávio Itabaiana determinou que a Receita Federal envie ao Ministério Público do Rio de Janeiro todas as notas fiscais emitidas entre 2007 e 2018 em nome do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), de seu ex-assessor Fabrício Queiroz e outros sete investigados no caso.
A decisão assinada na quarta-feira (15) é uma ampliação das quebras de sigilo bancário e fiscal determinadas no fim do mês passado.
O Ministério Público apura a prática dos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no gabinete de Flávio.
Também são alvos da nova medida a mulher de Flávio, a dentista Fernanda Bolsonaro, a empresa do senador e cinco parentes de Queiroz.
Uma das hipóteses a ser checada é se Queiroz pagava contas e serviços pessoais do senador. Não há evidências, por enquanto, de que isso ocorria.