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Sedec apresenta potencial do RN em energias renováveis ao setor produtivo

O governo do  Estado do Rio Grande do Norte, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), está ampliando o debate acerca da criação do Polo de Referência em Produção de Energia Limpa e Renovável no estado, com destaque para o desenvolvimento de parques eólicos offshore com geração integrada de hidrogênio verde. O titular da pasta, Jaime Calado, convidou empresários, potenciais investidores, representantes da sociedade civil organizada e de instituições financeiras para uma apresentação sobre o tema que aconteceu nesta quinta-feira (17). O encontro virtual contou com cerca de 50 participantes.

Jaime Calado destacou a crescente demanda mundial por geração de energias limpas e sustentáveis e o interesse que o potencial potiguar vem despertando em empresas do mercado norte-americano, europeu e chinês. “Estamos aqui para oferecer todas as informações que nós temos, e muitas dessas empresas chegam aqui procurando parcerias locais”, disse.

“Por isso também o governo da professora Fátima Bezerra está produzindo, em parceria com o Instituto Senai de Inovação, o Atlas Solar e Eólico do RN que irá fornecer todos os dados para quem quiser investir aqui, em tempo real, durante 10 anos. Além disso, temos aqui a Câmara Setorial de Energia e os melhores incentivos do país, através do Proedi, para o setor ”, completou.

A apresentação foi conduzida pelo coordenador de desenvolvimento energético da Sedec, Hugo Fonseca, e pelo pesquisador da UFRN, Prof. Mário González, que lidera um grupo de 38 especialistas em energia eólica. A equipe está à frente dos estudos para a instalação de um porto-indústria multipropósito que irá viabilizar o mercado eólico offshore no RN e, consequentemente, a produção de hidrogênio verde.

O professor Mário González considera que o mundo está passando por uma transição energética acelerada, e citou como exemplo a proibição da venda de carros movidos a combustíveis fósseis no Reino Unido até 2030. Ele lembrou ainda que a geração por fontes limpas se encaixa dentro dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU no que se refere ao acesso a energias renováveis, o ambiente de inovação na indústria e infraestrutura e a redução da temperatura do planeta.

De acordo com o pesquisador, “para cumprir as metas de desenvolvimento sustentável, os países hoje focam no hidrogênio verde”. Segundo explicou o especialista, a tecnologia é complementar à geração por meio de eólicas offshore.  As usinas instaladas no mar são a solução ideal para a geração limpa no processo de eletrólise, que separa as células de hidrogênio da água, produzindo um combustível sustentável para as cidades do futuro.

O coordenador de desenvolvimento energético, Hugo Fonseca, explicou que o Rio Grande do Norte tem os recursos naturais propícios para a geração de hidrogênio verde pelo menor custo mundial. Ele indicou os passos para conquistar esse mercado, que passam por um plano estratégico e político de incentivo à fonte, o estabelecimento de parcerias com empresas e instituições de pesquisa, a regulação do setor eólico offshore, a expansão da transmissão, a construção de um porto-indústria e, finalmente, a instalação dos empreendimentos.

O Governo do Estado, por meio da Sedec, fundou dois grupos de trabalho, instituídos através de portarias, para a criação de um hub de produção e exportação de hidrogênio e amônia verdes e do Polo de Referência em Produção de Energia Limpa e Renovável. “É importante porque regulamenta as ações do governo e, principalmente, insere as fontes novas dentro da política energética do estado”, enfatizou o coordenador Hugo Fonseca.

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