Ceará-Mirim

Sara Winter deve deixar presídio feminino de Brasília nesta 4ª feira

A militante Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, deve deixar nesta 4ª feira (25.jun.2020) a penitenciária feminina, a Colmeia, de Brasília, caso a prisão não seja novamente prorrogada ou transformada em preventiva. Ela é líder do grupo “300 do Brasil”, apoiador do presidente Jair Bolsonaro.

“A pasta ressalta que as equipes da Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF) e da Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (DPOE) cumprirão todos os protocolos de segurança para garantir a integridade física da reeducanda e manter a ordem pública próximo à unidade prisional, em caso de necessidade”, informou a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal.

Sara foi presa pela Polícia Federal em 15 de junho de 2020. Inicialmente, a prisão temporária da militante tinha prazo de 5 dias, mas o ministro Alexandre de Moraes decidiu prorrogar por mais 5 dias em 19 de junho. O tempo de prisão se encerrou às 23h59 desta 3ª feira (23.jun).

Determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, a prisão ocorreu dentro do inquérito que apura a organização e financiamento de atos com pautas contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal federal.

A militante bolsonarista estava no presídio feminino desde 17 de junho, quando foi transferida da Superintendência da Polícia Federal em Brasília. No mesmo dia, o MPF (Ministério Público Federal) denunciou a militante bolsonarista por injúria e ameaça contra Moraes. Sugeriu o pagamento de “no mínimo” R$ 10 mil por danos morais.

Em 18 de junho, a militante teve 1 pedido de habeas corpus negado pela ministra Cármen Lúcia. Os advogados afirmam que Sara Winter é vítima de perseguição política.

Além desse processo, a apoiadora de Bolsonaro também é investigada em inquérito das fake newsque investiga a publicação de conteúdos falsos na internet e ataques aos ministros do Supremo.

AÇÃO CONTRA MORAES

Antes de Sara Winter deixar o presídio feminino, a defesa da militante bolsonarista entrou com ação contra o ministro Alexandre de Moraes no próprio Supremo Tribunal Federal. Eis a íntegra (25 KB).

Os advogados pedem a nulidade de todos os atos praticados pelo magistrado no âmbito do inquérito que apura a organização e financiamento de atos com pautas antidemocráticas. Alegam que houve abuso de autoridade por parte de Moraes ao conduzir a relatoria do inquérito.

“Moraes impediu, com notório abuso de autoridade, o acesso de sua defesa aos autos do inquérito 4828/DF, uma vez que, até a presente data, 23/06/2020, não recebeu cópia da decisão que motivou sua prisão, tampouco nota de culpa descrevendo o suposto crime, o que configura ato manifestamente ilegal”, argumentam.

“Isso é 1 escárnio, e não pode a Suprema Corte, em tese, guardiã da Constituição Federal, compactuar com tamanha aberração jurídica!”, disseram na ação.

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