Faltando 50 dias para o Exército definir quais armas serão liberadas para cidadãos comuns das categorias estabelecidas no decreto que facilitou o acesso a armas de fogo, o aumento pela procura dos equipamentos em Natal já ultrapassa a marca de 30% em relação ao mesmo período do ano passado.
A informação, repassada ao Agora RN por vendedores de uma das três revendas especializadas da cidade – a Armas e Bagagens – é endossada pelo perito Carlos Alberto Campelo da Cruz, subcomandante da Guarda Municipal.
“A julgar pela disparada da venda da Taurus no País, deve ser isso mesmo ou mais”, avalia. A loja não quis informar quais os tipos de armas e modelos mais procurados.
Segundo Cruz, há 10 modelos de pistolas nacionais no mercado com preços a partir de R$ 4,7 mil, sem contar as taxas da Polícia Federal de mais R$ 1,5 mil e outros R$ 600,00 obrigatórios a serem pagos a um psicólogo e instrutor credenciados. Até o ano passado, cada um desses profissionais cobrava R$ 300,00.
“Mas se for uma Gloc (importada), só a arma vai para uns R$ 8 mil”, lembra Cruz. Depois do decreto reeditado pelo presidente Bolsonaro, o Exército deve proibir também a posse (uso na residência) de fuzis como o T4, da Taurus.
“Você já imaginou um cidadão comum portando numa arma dessas?”, pergunta Cruz, admirado.
O decreto editado no início de maio permitia tanto a posse de armamento como fuzis a todos os cidadãos quanto o porte pelas diversas categorias que passaram a ser automaticamente enquadradas no conceito de “efetiva necessidade”, como moradores de zonas rurais, caminhoneiros, jornalistas que atuam em coberturas policiais, entre outros.
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