Juliano Amaro da Silva Paula, 44 anos, estava, no dia 1º/2, por volta das 23h30, na guarita do Edifício Spot, no bairro Esmeralda, em Marília, no interior de São Paulo, quando começou a ouvir gritos de crianças e depois o barulho de uma batida muito forte.
O porteiro percebeu, então, que dois carros tinham se envolvido em um acidente no cruzamento próximo e um deles tinha capotado. Juliano, que tem curso de primeiros socorros, deixou a guarita rapidamente e correu para tentar ajudar as vítimas.
“Quando eu ouvi as crianças gritarem, saí de imediato. Eu tenho três filhos então foi uma coisa automática”, disse o porteiro em entrevista ao UOL.
Em um dos carros, o porteiro encontrou as crianças que estavam bem. No outro veículo que tinha capotado três vezes, Juliano encontrou um homem de 41 anos que estava desmaiado, com o pescoço dobrado e sangrando muito.
Juliano prestou os primeiros socorros ao homem e o colocou numa posição segura para aguardar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Demissão
No dia seguinte, a empresa de segurança para qual o porteiro trabalhava disse que ele teria que pedir demissão ou seria demitido por justa causa.
“‘Se fosse um filho seu, o que você faria?’. Mas eles disseram que não deveria ter saído da guarita por nada. Eu expliquei que foi uma capotagem e que eu era socorrista, mas não adiantou”, relatou Juliano ao UOL. O porteiro continua desempregado.