O policial militar Ricardo dos Santos Beserra, de 42 anos, matou a própria esposa a tiros na manhã deste sábado (6) no Distrito Federal. A dentista Adriana Valéria, de 46 anos, foi alvejada à queima-roupa com a arma que o homem usava para trabalhar.
No momento do crime, os dois filhos pequenos do casal (4 e 9 anos) e duas adolescentes, do primeiro casamento de Ricardo, estavam dentro de casa. As crianças não foram feridas. Ricardo cometeu suicídio após assassinar a esposa.
Ricardo era lotado no Departamento de Apoio Logístico e Finanças (DLF) da PMDF. Segundo informações preliminares, o militar era querido na corporação e tinha bom relacionamento com a tropa.
O assassino havia pedido 15 dias de licença há pouco tempo. O militar não tinha problemas psicológicos ou sinais que mostrassem um possível quadro depressivo.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) informou que a irmã da vítima, por volta das 7h30 deste sábado, informou à corporação sobre o crime. Uma pistola Taurus 24/7 .40 foi encontrada no local próximo ao corpo de Ricardo.
Militante
Ricardo era bastante ativo nas redes sociais e costumava militar em defesa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Sua publicação mais recente foi postada na tarde desta sexta-feira (5), menos de 24 horas antes do crime.
Na ocasião, Ricardo compartilhou um texto da página “Historiadores de Direita” que ironiza os movimentos antifascistas e antirracistas. O policial também divulgou recentemente textos do deputado Eduardo Bolsonaro.
Na quinta-feira (4), na tentativa de deslegitimar os atos contra o racismo, o policial publicou uma imagem que afirma que “o problema da violência racial não consiste em brancos matando negros”, mas o contrário.
Segundo a foto compartilhada, os brancos é que são as verdadeiras vítimas, o que caracterizaria um “racismo reverso”.