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PF investiga participação de policiais militares em contrabando de cigarros no RN; tenente-coronel é preso

O oficial preso é o tenente-coronel André Luiz Fernandes da Fonseca

O oficial preso é o tenente-coronel André Luiz Fernandes da Fonseca | Foto: Reprodução/Redes Sociais

Uma operação da Polícia Federal que visa combater contrabando de cigarros e outras mercadorias estrangeiras cumpriu sete mandados de prisão e 16 mandados de busca e apreensão no Rio Grande do Norte e mais dois estados, na manhã desta terça-feira (14). Segundo a PF, há participação de policiais militares nos crimes. A prisão de um tenente-coronel foi confirmada.

Segundo apuração da Inter TV Cabugi, o oficial preso é o tenente-coronel André Luiz Fernandes da Fonseca, conhecido como coronel Fernandes, sub-comandante do Comando de Policiamento do Interior. Um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido na sala dele, no quartel-geral da PM em Natal. Outros policiais também foram presos.

Em nota, o Comando da Polícia Militar do Rio Grande do Norte informou que, diante das prisões, determinou a instauração imediata de processo administrativo para apurações dos fatos. “A Polícia Militar reforça que é comprometida com a legalidade e dignidade da pessoa humana”, disse em nota.

Os mandados da Operação Níquel foram cumpridos em Natal, São Paulo e Abaetetuba, no Pará. De acordo com a corporação, cerca de 130 agentes foram mobilizados e a Justiça autorizou sequestro de R$ 16 milhões em bens dos investigados.

Dos sete mandados de prisão, seis foram cumpridos no Rio Grande do Norte e um no Pará. Em São Paulo, houve apenas cumprimento de mandados de busca e apreensão.

Preso em flagrante

Durante o cumprimento de um dos mandados de busca e apreensão em Natal, os policiais encontraram dezenas de caixas de cigarros com um dos alvos de mandado, que acabou preso em flagrante.

Ainda segundo a PF, durante as investigações a corporação identificou uma associação criminosa formada por mais de 4 pessoas, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, que atua no Rio Grande do Norte, estados vizinhos e no exterior desde 2001.

Escolta de cargas

A organização criminosa usaria policiais militares para escoltar cargas ilegais de cigarros dentro do país. Após representação policial, a Justiça Federal, com parecer favorável do Ministério Público Federal , deferiu várias ordens judiciais, inclusive o sequestro de bens.

A corporação informou que o material colhido na investigação será compartilhado com as polícias Civil e Militar, bem como com o Ministério Público Estadual, para providências de competência dessas instituições, considerando a verificação de indícios de prática de outros crimes.

Os envolvidos são investigados pelos crimes de organização criminosa, contrabando e corrupção. A PF afirmou que o nome da operação faz referência ao componente cancerígeno do cigarro e, também, ao aspecto rentável da atividade ilícita.

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