“O PT envelheceu e não conseguiu superar o antipetismo”, diz Gilberto Carvalho

Fonte: Portal Metrópoles

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“O PT envelheceu.” A constatação paira sobre os integrantes do partido depois de uma eleição na qual a legenda saiu sem prefeitura de capitais e encolheu nas pequenas cidades, tanto no comando do Executivo quanto no número de vereadores para as Câmaras municipais.

O partido esperava começar a reverter o “antipetismo” nesta eleição, mas acabou vendo o número de prefeituras encolher de 256, conquistadas em 2016, para 182. Em 2012, o partido tinha conquistado 630 prefeituras.

“O antipetismo reduziu, mas ele não foi vencido, e foi novamente muito trabalhado, sobretudo na reta final”, avaliou o o ex-ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho, um dos quadros mais ligados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tendo sido seu chefe de gabinete pessoal.

Em conversa com o Metrópoles, Carvalho fez o diagnóstico: “O nosso partido, como um todo, padece de dificuldades quando se trata de novos temas”.

Ele aponta que essa avaliação já foi feita pela legenda, e que há, no momento, a esperança de dar uma “sacudida” com o objetivo de se reinventar para sobreviver aos novos tempos.

Pauta identitária

“Nós vamos ter que dar uma sacudida no partido. Vamos ter que passar um arado para dar uma remexida na nossa terra, revigorar. Esse é plano nosso para 2021”, destacou. “Uma instituição, ela envelhece. Se não tem capacidade de recriar, você tem o risco de desaparecer.”

Durante a campanha, no berço São Paulo, Carvalho contou ter observado a movimentação do PSol, que levou a candidatura de Guilherme Boulos ao segundo turno. Na comparação, admite: “A bancada do PSol é mais fulgurante”, elogiou, lembrando o dia a dia da corrida de Jilmar Tatto, que acabou em 6º lugar, com 8,6% dos votos, o pior resultado do partido na corrida pela prefeitura da capital paulista.

“Ela [bancada do Psol] tem uma atuação muito especial e muito atenta a tudo que diz respeito a questão de gênero, de raça, a questão da LGBTfobia, os temas novos e culturais. Temos que reconhecer isso. Não só a bancada, mas o partido. Na campanha eleitoral, foi a mesma coisa. Eu olhava para a campanha do Boulos e comparava com a nossa. Havia uma diferença, que é essa capacidade de trabalhar com as redes sociais, a abordagem do novo, dos elementos culturais”, reconhece.

Veja a entrevista completa aqui.

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