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Nancy Pelosi diz que dará sequência ao processo de impeachment contra Trump

A líder da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, afirmou nesse domingo (10/1), que a Casa dará continuidade ao processo de impeachment contra o atual presidente, Donald Trump. O anúncio foi feito por meio de uma carta enviada aos colegas parlamentares. No texto, a democrata classificou o mandatário americano como uma “ameaça à democracia”, após o tumulto ocorrido no Capitólio na última quarta-feira (6/1).

Na carta, Pelosi escreveu que a Câmara agirá com solenidade, mas também com rapidez, já que o mandato de Trump se encerra em alguns dias. Joe Biden, seu sucessor, assume o cargo no dia 20 de janeiro. “Ao proteger nossa Constituição e nossa democracia, agiremos com urgência, porque este presidente representa uma ameaça iminente para ambos”, disse.

A parlamentar informou que, primeiramente, a Câmara tentará forçar o vice-presidente, Mike Pence, e o gabinete da presidência a afastarem Trump por meio da 25ª emenda. Nesta segunda-feira (11/1), os parlamentares trabalharão para aprovar rapidamente uma legislação nesse sentido. Se a medida for bloqueada pelos republicanos, o que é quase certo, a Casa vai acatar uma votação em plenário na terça-feira (12/1).

A democrata explicou que essa resolução tem como objetivo instigar Pence a “convocar e mobilizar o gabinete da presidência para invocar a 25ª Emenda, declarando o presidente incapaz de executar as funções de seu cargo“. Segundo a norma, o vice-presidente “exerceria imediatamente poderes como presidente interino”, escreveu a líder da Casa.

Não se espera que Pence tome a iniciativa de expulsar Trump, embora rumores sobre a opção da 25ª Emenda circulem há dias em Washington. Diante desse cenário, o próximo passo da Câmara seria se mobilizar para avaliar os pedidos de impeachment, segundo Pelosi. Ainda não há data para a votação do possível afastamento.

A expectativa era de que deputados democratas apresentassem os pedidos de impeachment já nesta segunda-feira. A estratégia seria condenar rapidamente as ações de Trump, mas atrasar um julgamento de impeachment no Senado por 100 dias. Isso permitiria que o presidente eleito, Joe Biden, se concentrasse em outras prioridades ao tomar posse no próximo dia 20.

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