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Morte de negro por asfixia durante custódia policial em Washington, nos EUA, será investigada

O governador do estado de Washington, no oeste dos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira (10) uma investigação relacionada à morte por asfixia de um homem negro sob custódia policial, semelhante à de George Floyd, que provocou protestos em massa em todo o país.

“Tem que haver uma nova investigação e ações de acusação independentes do condado de Pierce”, que abrange Tacoma, onde o incidente ocorreu em 3 de março, afirmou o governador Jay Inslee em um comunicado.

A decisão foi tomada depois que um vídeo gravado por uma câmera de segurança residencial mostra Manuel Ellis, 33 anos, chorando enquanto é algemado pela polícia. Um pedestre também gravou em vídeo parte da prisão.

“O que está claro nesse vídeo não é apenas o fato de Manny Ellis dizer ‘não consigo respirar'”, disse o advogado da família James Bible em entrevista coletiva na terça-feira (9).

“O que vimos é que ele disse: ‘Não consigo respirar, senhor. Não consigo respirar, senhor. Não consigo respirar, senhor.’ Um sinal claro de que não é apenas uma luta para respirar, mas uma tentativa de ser respeitoso nos últimos momentos da vida. Um sinal de que ele não era a pessoa agressiva que a polícia disse que era”.

Ellis morreu de parada respiratória devido a hipóxia e restrição física, destacou o legista, acrescentando que a presença de metanfetaminas em seu organismo e doenças cardíacas também podem ter contribuído para a morte.

O prefeito de Tacoma, 56 km ao sul de Seattle, pediu que os policiais envolvidos na prisão fossem demitidos e processados.

Os quatro policiais que participaram da retenção de Ellis foram colocados em licença administrativa. Eles disseram que o detiveram depois que ele supostamente tentou “abrir as portas de veículos ocupados”. Ainda segundo os policiais, ele morreu após uma briga física que os forçou a imobilizá-lo.

A decisão de Inslee de iniciar uma nova investigação sobre este caso coincide com os recentes protestos nacionais contra a brutalidade policial e o racismo desencadeados pela morte de Floyd, quando também estava sob custódia policial em Minnesota, em 25 de maio.

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