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Monitor da Violência: dois anos depois, 61% dos casos de morte violenta no RN continuam em aberto na Polícia Civil

Das 64 mortes violentas registradas de 21 a 27 de agosto de 2017 no Rio Grande do Norte, 61% segue em investigação na Polícia Civil. Em meio a tantos assassinatos, apenas 13 suspeitos foram presos e, destes, nenhum deles sequer foi julgado. É o que revela um novo levantamento exclusivo feito pelo G1.

Em 2018, um ano depois dos crimes, um balanço do andamento de todos esses casos foi publicado. E agora, dois anos depois, um novo esforço de reportagem foi feito. E os resultados não são nada animadores.

Os novos dados mostram que:

  • Dos 64 acompanhados pelo G1 no RN, 39 ainda estão em andamento nas delegacias de Polícia Civil, ou seja, ainda estão em andamento, aguardando conclusão para que o Ministério Público possa oferecer denúncia à Justiça.
  • Do total de 64 inquéritos abertos, 7 casos foram considerados suicídios e já encerrados.
  • Em meio aos 57 casos restantes, 13 pessoas foram presas suspeitas de envolvimento com as mortes (4 foram soltas e aguardam julgamento em liberdade), mas nenhuma delas foi julgada até o momento.
  • Destes 57 casos de morte violenta, 8 foram considerados como resultado de intervenção policial, cujos processos estão arquivados.

Polícia Civil

Segundo a Polícia Civil, em relação aos crimes de homicídio ocorridos nos municípios de Natal e Mossoró, a Divisão Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) registrou aumento de 31% do número de inquéritos remetidos e de 13% do percentual de elucidação, em relação ao ano de 2018.

No que diz respeito à Grande Natal, a Polícia Civil alega que tem realizado, “de forma emergencial”, forças-tarefas para agilizar a conclusão e remessa de procedimentos policiais à Justiça, buscando a devida elucidação.

“A instituição também tem investido em inteligência policial, para aumentar esses índices em todo o Estado, e, tão logo seja realizado o concurso público e nomeados novos policias civis, reforçará o efetivo das unidades policiais, para garantir uma maior agilidade nas investigações”, acrescenta.

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