Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, é internado em Brasília

Informação foi apurada com 3 servidores do Hospital das Forças Armadas. Unidade e ministério não confirmam.

Por Luiza Garonce, Natalia Godoy e Isabella Melo, G1 DF, GloboNews e TV Globo

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O ministro Ricardo Salles em evento nesta segunda-feira (26), participa de evento no Secovi, em São Paulo — Foto: TV Globo/Reprodução
O ministro Ricardo Salles em evento nesta segunda-feira (26), participa de evento no Secovi, em São Paulo — Foto: TV Globo/Reprodução

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de 44 anos, foi internado no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, por volta das 23h30 desta terça-feira (27).

A informação foi confirmada ao G1, à GloboNews e à TV Globo por três servidores do hospital.

G1 aguarda resposta do Ministério do Meio Ambiente e do HFA a respeito do estado de saúde de Salles e do motivo da internação.

Nesta manhã, o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que Salles “não está na pilha de nervos” ao ser questionado sobre a internação.

“Ele tá bastante jovem, sei que isso não tem idade, tá… Mas ele não tá na pilha de nervos nessa situação, tá muito bem, estamos conversando, é uma pessoa excepcional… Um ministro exemplar”, disse.

Salles era esperado para uma cerimônia às 9h desta quarta-feira (28) para a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica Águas Jurisdicionais Brasileiras no Gabinete do Comandante da Marinha, em Brasília, com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge. O evento foi cancelado.

Entrada da unidade de internação do Hospital das Forças Armadas, em Brasília — Foto: Luiza Garonce/G1
Entrada da unidade de internação do Hospital das Forças Armadas, em Brasília — Foto: Luiza Garonce/G1

Amazônia

O ministro do Meio Ambiente tem estado em evidência nos últimos dias por causa das queimadas na Amazônia.

Entre janeiro e agosto, as queimadas na floresta aumentaram 82% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O órgão também constatou que, nos primeiros 21 dias de agosto, os focos de queimadas na região superaram a média para o mês dos últimos 21 anos

Na segunda-feira (26), Salles criticou gestões anteriores e disse que fiscalização não resolve a questão do desmatamento e das queimadas na Amazônia.

“Ah, tem que fiscalizar? Bom, mas são 5 milhões de km². Não é como fiscalizar uma praça. É uma área gigantesca. A gente vê o tema da imigração ilegal. A turma não consegue fiscalizar nem a fronteira ali. Quiçá fiscalizar de maneira eficiente um território tão grande. Precisa fazer operação de controle como o governo está fazendo? Sim. Mas só isso vai resolver? Me parece que não.”

Também na segunda, Salles afirmou que a decisão da cúpula do G7 em ajudar os países atingidos pelas queimadas da Amazônia é “sempre bem-vinda”. Mais tarde, porém, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que o governo rejeitaria a ajuda financeira. No dia seguinte, o presidente Jair Bolsonaro disse que o francês Emmanuel Macron terá de “retirar insultos” contra ele e contra o Brasil antes de considerar aceitar a ajuda.

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