O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) autorizou o pagamento de valores adicionais, conhecidos como “penduricalhos”, de até R$ 1 milhão a promotores de Justiça. Esses pagamentos retroativos referem-se a períodos em que os profissionais desempenharam atividades além de suas atribuições normais, sem a devida compensação financeira.
A decisão foi tomada após um entendimento interno de que os promotores acumularam carga extra de trabalho sem a correspondente remuneração adicional. Os valores a serem pagos variam conforme a avaliação de cada caso, podendo atingir até o montante mencionado.
Essa medida gerou discussões sobre a transparência e a necessidade de tais pagamentos, especialmente considerando o contexto econômico atual. Críticos apontam que, se há aumento de trabalho, seria mais adequado realizar concursos públicos para contratar servidores e promotores, evitando a concessão de penduricalhos. Além disso, questiona-se a incidência de impostos sobre esses valores, sugerindo que, pelo jeito, não há tributação sobre eles.
A decisão do MP-SP destaca a importância de se equilibrar a valorização dos profissionais com a responsabilidade fiscal e a transparência na gestão pública.
Fonte: Folha de S.Paulo