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Justiça condena italiano a 18 anos anos de prisão por assassinato de compatriota em Natal

Pietro Ladogna está preso de 2019 e crime deve ser cumprido no Brasil. Ele é tido como mentor do assassinato de Enzo Albanese, morto a tiros em 2014 no bairro Capim Macio.

A 2ª Vara Criminal do Rio Grande do Norte condenou o italiano Pietro Ladogana a 18 anos de reclusão pelo assassinato do compatriota Enzo Albanese, no dia 2 de maio de 2014, em Natal. O julgamento, que começou nesta semana na capital potiguar, foi concluído na madrugada deste sábado (28).

Pietro foi condenado pela prática de crime de homicídio doloso qualificado pela utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, que consta no artigo121 do Código Penal.

O italiano negou, durante o julgamento, qualquer participação no crime.

De acordo com a sentença judicial, o crime foi friamente premeditado e planejado nos “mínimos detalhes e com razoável antecedência”. Os motivos do crime, segundo a decisão, não foram “suficientemente esclarecidos”, o que não pesou contra o réu.

A sentença cita ainda que o italiano “enquanto bem acolhido neste país, aproveitou-se da hospitalidade de seu povo para perturbar a ordem pública e a paz social mediante ousado cometimento de crime de extrema gravidade, de maneira afrontosa e em total desconsideração para com as leis da nossa República”.

O acusado deverá cumprir a pena no Brasil, segundo a decisão judicial, inicialmente em regime fechado.

Pietro Ladogna está preso desde 13 de setembro de 2019 pelo crime depois de inicialmente ter aguardado o julgamento em liberdade. Na época, a Justiça entendeu que a não entrega do passaporte pelo então suspeito dava a entender a intenção de fuga caso fosse julgado como culpado.

Ainda em 2014, Pietro Ladogana chegou a ser detido no Aeroporto de Fiumicino, em Roma, quando tentava embarcar para o Brasil.

O crime

Enzo Albanese, de 42 anos, foi morto a tiros no dia 2 de maio de 2014 na porta de casa, no bairro Capim Macio, na Zona Sul de Natal. Ele era dirigente da comissão técnica do time de rugby do Alecrim, de Natal.

O dirigente vivia na capital há oito anos, era sócio de uma clínica de estética e havia começado a investir no ramo imobiliário.

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