Na manhã de hoje, dia 11 de junho, o atual presidente da república, Jair Bolsonaro, se reuniu com o ministro da justiça, o ex-juiz, Sérgio Moro à portas fechadas. A pauta do encontro foram os vazamentos divulgados pelo Intercept, onde Moro, supostamente, aparece dando orientações ao ministério público, na pessoa do promotor Deltan Dallagnol, acerca dos processos da Operação Lava-Jato e da condenação do ex-presidente Lula.
A reunião foi efetuada, mas não constava na agenda oficial do Palácio do Planalto, mas já havia sido anunciada no dia anterior por Otávio do Rêgo Barros, o porta-voz da presidência.
Ainda sobre o caso dos vazamentos, Sérgio Moro reforçou em uma coletiva no Amazonas o que já havia declarado por meio de nota:
“Na verdade, já me manifestei ontem, não vi nada de mais ali nas mensagens. O que há ali é uma invasão criminosa de celulares de procuradores, não é? Pra mim, isso é um fato bastante grave – ter havido essa invasão e divulgação. E, quanto ao conteúdo, no que diz respeito à minha pessoa, não vi nada de mais”
Entenda o caso
No último domingo, 09, o site The Intercept Brasil publicou uma série de reportagens que divulgaram conversas particulares entre integrantes da Operação Lava Jato, entre eles Sérgio Moro e Deltan Dallagnol. Nas mensagens obtidas pelo veículo, aparecem diversos diálogos que colocam em xeque a lisura dos processos, especialmente os de condenação do ex-presidente Lula, pois o ex-juiz frequentemente entrava em contato com o promotor para conversar sobre o andar da operação, inclusive dando direções e supostas dicas para a acusação. Por lei, um juiz não pode ter contato sobre os casos sob sua tutela, nem com a parte acusadora nem com a parte acusada.
Jair Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre o caso, o que espera-se que aconteça a partir do encontro que eles tiveram. Diversos setores políticos e sociais já iniciam uma pressão para que Sérgio Moro renuncie ao cargo de ministro da justiça e que sejam revistos os processos julgados pelo ex-magistrado.
Com informações do site G1