Por Thais Kaniak, G1 PR e RPC Curitiba
O homem suspeito de ter matado a filha, que era terapeuta ocupacional, agiu em momento de um “ataque de raiva” motivado por uma desavença sobre o valor da pensão da irmã mais nova da vítima, de acordo o delegado de Piraquara e responsável pela investigação, Reinaldo Zequinão.
O corpo de Aline Miotto Nadolny foi encontrado ao lado da Colônia Penal Agrícola em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, no dia 6 de junho. Nesta sexta-feira (14), o delegado deu detalhes sobre o caso.
“A motivação seria um desacordo que ele mantinha com a mãe da vítima sobre o valor de uma pensão de uma irmã menor da vítima. Ele foi atrás dela para que ela intermediasse uma redução dessa pensão”, disse o delegado.
Segundo o delegado, Luiz Carlos Nadolny matou Aline porque ela se recusou a entrar no meio da confusão dos pais. A terapeuta ocupacional tinha 27 anos.
“Em razão disso, ele teve um rompante de ódio e partiu para cima dela”, afirmou o delegado.
A defesa do suspeito disse à RPC que, por enquanto, não vai se manifestar.
Luiz Carlos Nadolny foi preso preventivamente, ou seja, por tempo indeterminado, na quinta-feira (13), quando também prestou depoimento e confessou o crime.
“Já no primeiro momento que o pessoal da investigação o abordou, ele já confessou. Admitiu a participação no crime, na autoria do crime. No interrogatório formal, também confessou”, contou o delegado.
Esganadura
O suspeito, de 48 anos, relatou à Polícia Civil que esganou a filha e que a jovem, conforme o delegado, desfaleceu e morreu dentro do carro. O Instituto Médico-Legal (IML) já tinha apontado que causa da morte de Aline foi esganadura.
O superintendente da Delegacia de Piraquara, Job de Freitas, contou que Luiz Carlos Nadolny costumava ter um bom relacionamento com a filha, mas que fazia três anos que eles não se encontravam.
“Quando ele estava matando, a menina falava: ‘pai, eu te amo'”, contou o superintendente.
A polícia chegou até Luiz Carlos Nadolny após identificar o veículo, com a ajuda de câmeras de segurança. De acordo com o delegado, o carro pertence à esposa do suspeito. Houve também denúncia anônima.
“Se mostrou arrependido”, afirmou o delegado sobre o suspeito. Apesar de Luiz Carlos Nadolny estar preso, o delegado disse que a investigação continua para que o caso seja totalmente esclarecido.
No dia em que o corpo de Aline foi encontrado, a Polícia Civil havia informado que o marido dela que tinha o achado. Porém, nesta sexta-feira, o delegado disse que, na verdade, moradores da região que encontraram o corpo em um matagal ao lado do presídio.
O desaparecimento
Em 6 de junho, Aline saiu a pé, e a quase dez quadras do apartamento onde morava, o sinal do celular dela parou de funcionar. Segundo a polícia, isso aconteceu por volta das 6h.
Nove horas depois, o corpo da jovem foi encontrado no matagal, cuja distância é de 22 km de onde o celular dela parou de dar sinal.
O companheiro de Aline prestou mais de três horas depoimento no sábado (8). Ele disse que percebeu que havia algo errado quando ele mandou mensagem para a mulher e, horas depois, ela ainda não havia respondido.
O companheiro ainda disse que ligou para o lugar onde ela trabalhava e foi informado que ela não tinha ido trabalhar. Durante as investigações, a polícia apreendeu o computador e o celular dele.
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