Homem matou a filha terapeuta em ‘ataque de raiva’ motivado por valor da pensão da irmã da vítima, diz delegado

Corpo de Aline Miotto Nadolny foi encontrado ao lado da Colônia Penal Agrícola, em Piraquara, no dia 6 de junho.

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Aline era terapeuta ocupacional e tinha 27 anos — Foto: Reprodução/RPC
Aline era terapeuta ocupacional e tinha 27 anos — Foto: Reprodução/RPC
Por Thais Kaniak, G1 PR e RPC Curitiba

O homem suspeito de ter matado a filha, que era terapeuta ocupacional, agiu em momento de um “ataque de raiva” motivado por uma desavença sobre o valor da pensão da irmã mais nova da vítima, de acordo o delegado de Piraquara e responsável pela investigação, Reinaldo Zequinão.

O corpo de Aline Miotto Nadolny foi encontrado ao lado da Colônia Penal Agrícola em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, no dia 6 de junho. Nesta sexta-feira (14), o delegado deu detalhes sobre o caso.

“A motivação seria um desacordo que ele mantinha com a mãe da vítima sobre o valor de uma pensão de uma irmã menor da vítima. Ele foi atrás dela para que ela intermediasse uma redução dessa pensão”, disse o delegado.

Segundo o delegado, Luiz Carlos Nadolny matou Aline porque ela se recusou a entrar no meio da confusão dos pais. A terapeuta ocupacional tinha 27 anos.

“Em razão disso, ele teve um rompante de ódio e partiu para cima dela”, afirmou o delegado.

A defesa do suspeito disse à RPC que, por enquanto, não vai se manifestar.

Luiz Carlos Nadolny foi preso preventivamente, ou seja, por tempo indeterminado, na quinta-feira (13), quando também prestou depoimento e confessou o crime.

“Já no primeiro momento que o pessoal da investigação o abordou, ele já confessou. Admitiu a participação no crime, na autoria do crime. No interrogatório formal, também confessou”, contou o delegado.

Esganadura

O suspeito, de 48 anos, relatou à Polícia Civil que esganou a filha e que a jovem, conforme o delegado, desfaleceu e morreu dentro do carro. O Instituto Médico-Legal (IML) já tinha apontado que causa da morte de Aline foi esganadura.

O superintendente da Delegacia de Piraquara, Job de Freitas, contou que Luiz Carlos Nadolny costumava ter um bom relacionamento com a filha, mas que fazia três anos que eles não se encontravam.

“Quando ele estava matando, a menina falava: ‘pai, eu te amo'”, contou o superintendente.

A polícia chegou até Luiz Carlos Nadolny após identificar o veículo, com a ajuda de câmeras de segurança. De acordo com o delegado, o carro pertence à esposa do suspeito. Houve também denúncia anônima.

“Se mostrou arrependido”, afirmou o delegado sobre o suspeito. Apesar de Luiz Carlos Nadolny estar preso, o delegado disse que a investigação continua para que o caso seja totalmente esclarecido.

No dia em que o corpo de Aline foi encontrado, a Polícia Civil havia informado que o marido dela que tinha o achado. Porém, nesta sexta-feira, o delegado disse que, na verdade, moradores da região que encontraram o corpo em um matagal ao lado do presídio.

Corpo de Aline foi encontrado em matagal ao lado da Colônia Penal Agrícola, em Piraquara — Foto: Reprodução/RPC
Corpo de Aline foi encontrado em matagal ao lado da Colônia Penal Agrícola, em Piraquara — Foto: Reprodução/RPC

O desaparecimento

Em 6 de junho, Aline saiu a pé, e a quase dez quadras do apartamento onde morava, o sinal do celular dela parou de funcionar. Segundo a polícia, isso aconteceu por volta das 6h.

Nove horas depois, o corpo da jovem foi encontrado no matagal, cuja distância é de 22 km de onde o celular dela parou de dar sinal.

O companheiro de Aline prestou mais de três horas depoimento no sábado (8). Ele disse que percebeu que havia algo errado quando ele mandou mensagem para a mulher e, horas depois, ela ainda não havia respondido.

O companheiro ainda disse que ligou para o lugar onde ela trabalhava e foi informado que ela não tinha ido trabalhar. Durante as investigações, a polícia apreendeu o computador e o celular dele.

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