“É verdade que o governo não tem o poder de me deportar. Mas eu tenho o poder de sair o Brasil voluntariamente- e tinha esse poder o tempo todo. Mas não fiz e não vou, apesar dessas ameaças. Pq? Pq sei que não têm nada contra mim. Vou defender a democracia do país dos meus filhos”, disse o jornalista, em resposta às ameaças de Bolsonaro
Da revista Fórum – O jornalista Glenn Greenwald foi às redes sociais neste sábado (27) rebater as ameaças de Jair Bolsonaro, que sinalizou que pode prender o fundador do site The Intercept, e dizer que continuará defendendo a democracia do “país dos meus filhos”.
“Ao contrário dos desejos de Bolsonaro, ele não é (ainda) um ditador. Ele não tem o poder de ordenar pessoas presas. Ainda existem tribunais em funcionamento. Para prender alguém, tem que apresentar provas para um tribunal que eles cometeram um crime. Essa evidência não existe”, tuitou Glenn, compartilhando reportagem sobre a declaração de Bolsonaro, de que o jornalista pode “pegar uma cana aqui no Brasil”.
Glenn também comentou as declarações homofóbicas de Bolsonaro, que disse que o jornalista foi “malandro” ao casar com o deputado federal David Miranda (PSol-RJ) e adotar dois filhos para não poder ser deportado.
“A teoria dele é insana: casei com David 14 anos atrás pq eu previa que precisaria disso no futuro. E sugerir que alguém adotaria – e cuidar de – 2 filhos para manipular a lei é nojenta. O Brasil tem 47.000 crianças em abrigos. A adoção é linda e deve ser encorajada, não zombado”, tuitou Glenn, ao afirmar que defenderá a democracia no Brasil.
“É verdade que o governo não tem o poder de me deportar. Mas eu tenho o poder de sair o Brasil voluntariamente- e tinha esse poder o tempo todo. Mas não fiz e não vou, apesar dessas ameaças. Pq? Pq sei que não têm nada contra mim. Vou defender a democracia do país dos meus filhos”, tuitou.