Ceará-Mirim

Funcionários do governo aproveitam viagens de Bolsonaro para fazer turismo

Na ensolarada segunda-feira de 25 de janeiro deste ano, Marcelle Silverio Marques, segundo-sargento do Exército, foi à Praia do Mosqueiro, em Aracaju. De biquíni, boné e óculos escuros, posou para fotos no Duna Beach Club, um restaurante na orla, e passou a tarde bebericando drinques enfeitados com mini-guarda-chuvas. Tirou selfies na areia com uma dúzia de colegas, todos sem máscara, em trajes de banho, alguns segurando seus copos de cerveja. A militar publicou as imagens nos Stories do Instagram, com uma legenda comemorativa: “33 aninhos” – seu aniversário fora quatro dias antes, e o passeio na praia fez parte da celebração.

Apesar da confraternização, aquela segunda-feira contou como um dia de trabalho para Marcelle Marques e seus colegas. Lotada no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comandado pelo general Augusto Heleno, Marques viajou para Aracaju como integrante da “equipe precursora”, nome que se dá ao grupo que prepara o esquema de segurança nos locais que serão visitados pelo presidente da República. No vocabulário do GSI, essas equipes precursoras são chamadas de Escav – ou Escalão Avançado. Cuidam da segurança, da infraestrutura e do cerimonial. Em geral, o Escav tem entre 40 e 60 pessoas de diversos órgãos, mas a maioria é do GSI.

Como não havia mais o que fazer nos dias seguintes, os integrantes do Escav, então, curtiram as praias e os restaurantes de Aracaju e fizeram um pouco de turismo na segunda e na terça-feira. Só voltaram a trabalhar na quarta, dia 27, na véspera da chegada de Bolsonaro, quando o protocolo determina que deve ser feito um ensaio geral do trajeto que será percorrido pelo presidente. Horas depois da inauguração da ponte, na quinta-feira, todos embarcaram de volta para Brasília.

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