“Não há nenhum governador do país que não concorde que você tenha que fazer uma reforma da Previdência unificada nacionalmente”, disse o secretário de Planejamento e das Finanças do Rio Grande do Norte, Aldemir Freire, ao ser questionado se a governadora Fátima Bezerra (PT) concorda com a inclusão dos estados na reforma que está em discussão agora no Senado da República. Aldemir tem sido apontado como supersecretário do Governo nestes primeiros meses de gestão, já que tem sido o braço direito da governadora nos assuntos relacionados a economia e passou a controlar todo o setor financeiro do Estado com a criação de uma super conta única.
Se antes os auxiliares da governadora falavam por si, agora, pela primeira vez, Aldemir Freire falou em nome da governadora sobre a inclusão do Rio Grande do Norte na reforma enviada ao congresso pelo Governo Bolsonaro e da qual o Partido dos Trabalhadores é crítico nacionalmente.
Em entrevista nesta segunda-feira (12) ao Hora Extra da Notícia, Aldemir Freire disse não fazer sentido uma reforma da Previdência deixar de fora os estados, os municípios e os militares. “Isso é uma meia reforma”, disse, acrescentando que, caso os entes federativos fiquem de fora, o país terá centenas de sistemas previdenciários com regras completamente diferentes.
“Todos os governadores têm dito que o ideal é que você tenha um reforma da Previdência unificada no Congresso Nacional”, aponta o auxiliar de Fátima Bezerra.
Apesar de concordar com a inclusão, Aldemir alerta que a reforma que está em pauta no Senado não resolverá os problemas dos estados de imediato, já que é impossível zerar o déficit da previdência atual.
Só o Rio Grande do Norte tem um déficit que gira em torno de R$ 140 milhões de reais por mês e aproximadamente R$ 1,6 bilhão no total. “Então a reforma em si ela não equaciona os problemas do déficit previdenciário de agora, ela joga luz pra o futuro”, conclui Aldemir.