As exportações do Rio Grande do Norte cresceram 50,9% em 2021 na comparação com o ano anterior, segundo levantamento do Balanço do Comércio Exterior do RN, elaborado e divulgado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern).
Em valores, as exportações potiguares saltaram de US$ 340,7 milhões em 2020 para US$ 514,1 milhão.
Segundo o responsável técnico pelo Centro Internacional de Negócios da Fiern, Luiz Henrique Moreira Guedes, o óleo diesel foi o produto que causou maior impacto no crescimento. Excluídos os valores do combustível, as exportações cresceram 17,9%.
“Embora o fuel oil/óleo diesel tenha sido o produto que mais impactou nesse resultado, pelo seu considerável valor absoluto, muitos dos produtos tradicionais da pauta também apresentaram crescimento importante”, ressaltou.
Melões, melancias, tecidos de algodão, peixes e lagostas foram os demais produtos com maiores valores exportados, todos apresentando crescimento, com destaque para tecidos de algodão (+89,7%) peixes (+126%) e lagostas (+215%) que tiveram aumento significativo em comparação com 2020.
Segundo o relatório, valores exportados de peixes e lagostas vão além de uma simples recuperação do período mais crítico da pandemia em 2020. O resultado desses produtos foi o maior registrado desde 2004, último ano pesquisado pela Fiern, quando os camarões eram o principal produto da pauta.
Já os tecidos de algodão retornaram aos valores exportados em 2018.
Como melões e melancias tem um regime de exportações baseado em safras, que vão de agosto a março, aproximadamente, o órgão informou que uma avaliação mais precisa sobre a exportação dos produtos poderá ser feita em abril.
“Antecipando de modo parcial essa análise, as exportações de melões e melancias cresceram 8,4% e 25,3% respectivamente entre agosto e dezembro de 2021, comparados com o mesmo período de 2020”, aponta o relatório.
Principais destinos
Singapura liderou a lista de principais destinos dos produtos exportados pelo Rio Grande do Norte, principalmente por causa do óleo diesel, e foi responsável por cerca de 30% dos valores movimentados pelas vendas externas do estado.
Já a Holanda, que ficou em segundo lugar, é tradicional porta de entrada para frutas produzidas pelo Rio Grande do Norte na União Europeia.
Em terceiro, os Estados Unidos tem um mercado diversificado para peixes, lagostas, produtos animais impróprios para alimentação humana, castanha de caju entre outros.
Já o Reino Unido e Espanha, também destinos importantes das frutas produzidas no RN, completam a lista dos cinco principais compradores do estado.