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Estados Unidos passam por cima da Holanda e conquistam a Copa do Mundo

Lucas Neves | Folha de S. Paulo

LYON (FRANÇA) As norte-americanas confirmaram neste domingo (7), após a vitória por 2 a 0 sobre a Holanda, a sua hegemonia no futebol feminino e foram campeãs pela quarta vez de uma Copa do Mundo. A conquista em Lyon (França) dá aos EUA 50% dos títulos de Mundial disputados até hoje.

Na final, o time de Morgan e Rapinoe (que dividiram a artilharia da competição com a inglesa White) teve na Holanda, apenas em sua segunda Copa, um adversário aguerrido, mas de nível técnico francamente inferior.

Em sete duelos no torneio, a supremacia americana só foi posta em dúvida (e momentaneamente) nas oitavas, diante da Espanha (vitória por 2 a 1), e na semi, contra uma Inglaterra que teve gol anulado (justamente) e perdeu um pênalti nos minutos finais.

Jogadoras dos Estados Unidos comemoram primeiro gol da final da Copa do Mundo contra a Holanda
Jogadoras dos Estados Unidos comemoram primeiro gol da final da Copa do Mundo contra a Holanda – Philippe KSIAZEK/AFP

A campanha dos EUA incluiu uma goleada por 13 a 0 sobre a Tailândia, a maior da história dos Mundiais –ao todo, o time marcou 26 vezes na França.

Diante de 58 mil espectadores, no domingo, a equipe número 1 do mundo partiu para cima desde o começo do jogo, mas, pela primeira vez na França, não conseguiu repetir o feito de abrir o placar antes dos 12 minutos.

O segundo tempo foi outra história. Aos 12, após um cruzamento, Van der Gragt tocou com o pé o obro de Morgan, e a juíza marcou pênalti, convertido por Rapinoe —a goleira Van Veenendaal nem saiu do lugar.

O gol desestabilizou as holandesas, que vinham conseguindo, se não fazer um jogo parelho, segurar as investidas americanas.

Aos 24, o segundo gol dos EUA, de Lavelle, expôs a fragilidade da zaga neerlandesa e acabou de desmontar a fortaleza laranja.

Os minutos finais viram um show solo americano. As estrelas da Holanda, Martens e Miedema, pouco fizeram no plano ofensivo.

No primeiro tempo, as holandesas conseguiram conter o poderio ofensivo adversário, sobretudo graças à atuação inspirada de Van Veenendaal.

Apesar de dominarem o jogo desde os minutos iniciais, os EUA demoraram a conseguir levar perigo real ao gol adversário.

Os lances mais importantes se concentraram na segunda metade dessa etapa: um chute à queima-roupa de Ertz, um desvio de Morgan após cruzamento de Rapinoe (com direito a bola na trave), uma cabeceada de Mewis e um golpe fortíssimo de fora da área de Morgan.

Em todos eles, a goleira Van Veenendaal conseguiu in extremis segurar o ímpeto americano. Foi ela o grande nome da primeira etapa.​



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