A noite de terça-feira (28) foi novamente de grande alegria para o grupo de teatro potiguar Carmin. O espetáculo “A Invenção do Nordeste” teve mais uma noite vitoriosa, dessa vez no “13º Prêmio APTR – Associação dos Produtores de Teatro”, em evento que aconteceu no Teatro Prudential, no Rio de Janeiro. A peça conquistou o prêmio na categoria “Autor”, com Henrique Fontes e Pablo Capistrano, e teve os atores Robson Medeiros e Mateus Cardoso premiados na categoria “Ator Coadjuvante”.
“A Invenção do Nordeste” também concorria nas categorias de Melhor Espetáculo, Direção e Cenografia no evento, que homenageou a atriz Marieta Severo.
Esse não é o primeiro prêmio nacional da peça. O espetáculo do grupo do Rio Grande do Norte tem conquistado prêmios importantes nos últimos meses, como o Cesgranrio e oShell.
Henrique Fontes, ator e responsável pela dramaturgia da peça ao lado de Pablo Capistrano, acredita que a arte é a única forma de reconectar as diferenças no Brasil. “Todo reconhecimento por trabalho em cultura e educação hoje parece ressoar como uma afronta aos ‘homens de bem’. Em que ponto chegamos, em que essa lógica do capital conquistado pelo mérito, pela bala ou pela bíblia quer desfazer a base de construção de toda sociedade que é exatamente sua cultura e sua educação. Por isso, celebro e compartilho esse reconhecimento com todos que seguem acreditando na força do teatro de grupo para fazer essa reconexão”, diz.
O grupo Carmin segue em direção à cidade de São Paulo para apresentar”A Invenção do Nordeste” no Itaú Cultural, nos próximos dias 1 e 2 de junho. O grupo está na produção de um novo espetáculo para o próximo semestre e também voltará a circular com o emocionante “Jacy”.
Sobre a peça
O espetáculo é baseado no livro “A Invenção do Nordeste e Outras Artes”, do Professor Dr. Durval Muniz de Albuquerque Jr, e busca desconstruir imagem estereotipada do Nordeste e do nordestino.
Um diretor é contratado por uma grande produtora audiovisual para realizar a missão de selecionar um ator nordestino que possa interpretar com maestria um personagem também nordestino. Depois de vários testes e entrevistas, dois atores vão para a fase final e o diretor tem sete semanas para deixá-los prontos para o último teste.
Durante as 7 semanas de preparação, os atores refletem (e discordam) acerca de sua identidade, cultura, história pessoal e descobrem que ser e viver um personagem nordestino não é tarefa simples.
Em 2018, a peça circulou por estados como Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
A peça é dirigida por Quitéria Kelly que também assina o figurino; com dramaturgia de Henrique Fontes e Pablo Capistrano; no elenco: Robson Medeiros, Mateus Cardoso e Henrique Fontes; assistência de direção, dramaturgia audiovisual e desenho de luz: Pedro Fiuza; direção de arte e cenografia: Mathieu Duvignaud; produção executiva: Mariana Hardi; preparação corporal: Ana Claudia Albano Viana; preparação vocal: Gilmar Bedaque; trilha sonora original: Gabriel Souto; design gráfico: Teo Viana; Xilogravura: Erick Lima; costureira: Kátia Dantas; edição de vídeo: Juliano Barreto.
Veja também
- PESQUISA CONSULT/ BG/ CEARÁ-MIRIM/ EXPECTATIVA: 77% acreditam na vitória de Antônio Henrique
- Em Ceará-Mirim, multidão prestigia a oficialização da candidatura de Antônio Henrique e professora Margareth
- Francisco Navegantes deixa cargo de Coordenador de Operações do DETRAN e lança pré-candidatura a vereador de Ceará-Mirim pelo PSD
- Avião arremete após colisão de outra aeronave com pássaro no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de SP
- Operação apreende 614 celulares em presídios do país; vídeos mostram aparelhos escondidos