A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) concedeu entrevista exclusiva ao portal Uol, veiculada nesta quarta-feira (31). A gestora disse que, se tivesse continuado no poder, teria feito uma Reforma da Previdência – mas diferente da que foi proposta pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL).
“Sempre que se muda a expectativa de vida de uma população, tem que se fazer ajustes e reformas na aposentadoria. Ninguém nega esse fato, tanto não nega que nós começamos a abrir o debate. Na medida em que elevamos a expectativa de vida dos brasileiros com nossas políticas sociais e de saúde pública. Mas prentendíamos abrir estabelecendo um diálogo forte entre vários segmentos da sociedade, criando uma comissão que tivesse representação dos trabalhadores, dos empresários, dos aposentados, dos parlamentares, enfim que todas as áreas fossem contempladas para levar a um caminho”, disse Dilma.
Ainda de acordo com a ex-presidente, “é muito difícil fazer uma Reforma da Previdência em um quadro de grave crise econômica como estamos enfrentando. Quanto mais há crescimento econômico, mais há trabalho disponível e emprego e os descontos para a aposentadoria. Quando há crescimento econômico saudável, não tem precarização ou trabalho parcial, há trabalho formalizado, em carteira e a contribuição também aparece. Mas é óbvio que precisa de ajustes por conta da expectativa de vida. Nós fizemos um dos ajustes, que foi o fato previdenciário. E a gente estava em discussão em como construir uma alteração permanente”, completou.