A taxa de desemprego no país durante o trimestre de setembro a novembro do ano passado foi de 14,1%, revelou o IBGE na sua Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). O índice aponta que 14 milhões de brasileiros estão desempregados, o que é um leve aumento em relação ao trimestre anterior (13,8 milhões). Na comparação com o final do ano de 2019, o aumento foi de 18,2%. Em um ano, 2,2 milhões menos pessoas estão empregadas no país.
A Pnad também mostrou que o aquecimento da economia em finais de ano impulsionou o número de empregados com carteira assinada cresceu 3,1% (895 mil pessoas) frente ao trimestre anterior – com queda de 10,3% ( 3,5 milhões de pessoas) ante o mesmo trimestre de 2019.
Na comparação com o trimestre anterior, setores como agricultura (3,1%, ou mais 259 mil pessoas), indústria (4,4%, ou mais 465 mil pessoas), construção (8,4%, ou mais 457 mil pessoas) e comércio (5,6%, ou mais 854 mil pessoas) apresentaram alta no número de contratações.Já em relação a 2019, áreas como indústria (9,4%, ou menos 1,1 milhão de pessoas), construção (14,5%, ou menos 1,0 milhão de pessoas), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (10,4%, ou menos 1,9 milhão de pessoas) e transporte (12,8%, ou menos 630 mil pessoas)perderam vagas.
Na comparação trimestral, também aumentou em 6,6% o número de trabalhadores por conta própria (22,9 milhões de pessoas, mais 1,4 milhão) e o número de trabalhadores domésticos cresceu 5,1% (4,8 milhões de pessoas, mais 231 mil pessoas). Todos os índices apontam queda em relação ao mesmo período do ano passado.
O número de desalentados na economia se manteve estável em 5,7 milhões, mas cresceu 22,9% em relação ao ano passado, quando 4,8 milhões de pessoas não tinham emprego, mas também não procuravam colocação no mercado de trabalho. Tais números tendem a crescer quando o IBGE divulgar dados dos próximos trimestres, nos quais se sentirá maior peso do fim do auxílio emergencial.