A deputada Federal Natália Bonavides (PT/RN) interrogou nesta quarta(4) um dos sócios da AM4 Brasil Inteligência Digital, agência que prestou serviços à campanha do presidente Jair Bolsonaro, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga as Fake News. Durante a oitiva, Marcos Aurélio Carvalho, um dos donos da empresa, declarou ter disparado mensagens durante as eleições, mas alegou que não eram fake news. A deputada Natália Bonavides, durante suas perguntas, afirmou: “Se os senhores não dispararam as mensagens falsas contra Haddad, mensagens que constam em fotos apresentadas a esta CPMI, a campanha de Bolsonaro fez Caixa 2”.
Segundo Marcos Aurélio, Carlos Bolsonaro, filho do presidente, gerenciava as redes do candidato à época da campanha e a empresa não tinha esse acesso. A prestação de contas da campanha de Bolsonaro mostra que a AM4 foi a empresa que mais recebeu recursos da campanha e a única contratada para o marketing. Ainda questionado por Natália sobre Carlos Bolsonaro, o interrogado afirma não saber muito como Carlos agia, mas ficou evidente que o vereador tinha uma atuação formal no marketing da campanha.
“Hoje não está sendo um dia fácil para o bolsonarismo. A quebra de sigilo mostrou que Eduardo Bolsonaro, filho do atual presidente, está diretamente ligado às milícias virtuais que atacam instituições e buscam destruir a reputação de opositores espalhando mentiras e atacando a democracia. E na CPMI de hoje, encontramos mais indícios de que a campanha de Bolsonaro usou caixa 2 para espalhar mentiras”, destacou a parlamentar.
A Comissão também discutirá a quebra de sigilo bancário de nove empresas, entre elas está a Yacows, a Maut Desenvolvimento de Software, a Kiplix Comunicação Digital e a Deep Marketing. Os requerimentos para a transferência dos sigilos foram apresentados pela deputada petista, Natália Bonavides, na segunda (2).
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